Alves, André Gustavo de Miranda Pineli2015-09-102015-09-102013-12http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/4427Vários estudos econométricos têm constatado que as empresas transnacionais chinesas investem mais em países considerados politicamente arriscados, mesmo quando se controla o efeito da abundância de recursos naturais, o que contraria tanto a literatura teórica como a empírica sobre o assunto. Para entender os motivos por trás dessa constatação, este artigo analisa o caso desse investimento direto chinês em Mianmar, um dos países apontados como de maior risco político por agências especializadas. O trabalho sugere que pelo menos parte do investimento não foi guiada por critérios estritamente econômicos, satisfazendo objetivos políticos, geopolíticos e/ou de segurança. Além disso, até recentemente, o risco político incorrido pelos investidores chineses era substancialmente menor que o incidente sobre outros agentes, devido às estreitas relações intergovernamentais mantidas entre os dois países. Entretanto, desde 2011, com a inauguração de um novo governo civil e a adoção de reformas liberalizantes e democratizantes, vive-se uma curiosa situação na qual, enquanto as agências ocidentais de classificação de risco político melhoram, paulatinamente, o rating de Mianmar, as empresas chinesas percebem crescente risco político no país.porAcesso AbertoComo o capital chinês lida com o risco político? : os altos e baixos dos investimento direto da China em MianmarHow does chinese capital deal with political risk? : the ups and downs of China's direct investment in MyanmarJournal articleInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)Relações Econômicas InternacionaisInvestimentos InternacionaisLicença ComumÉ permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.Risco políticoInvestimento Direto Estrangeiro (IDE)Empresas transnacionaisInvestimento internacional