Kraus, Cleandro HenriqueCosta, Marco AurélioDenaldi, RosanaFeitosa, Flávia da FonsecaPetrarolli, Juliana Gomes2024-03-112024-03-112022KRAUSE, Cleandro et al. Introdução. In: CRAUSE, Cleandro; DENALDI, Rosana (Org.). Trajetórias da burocracia na Nova República: heterogeneidades, desigualdades e perspectivas (1985-2020). Brasília, DF: Ipea, 2022. p. 13-25. DOI: http://dx.doi.org/10.38116/978-65-5635-044-8/introducaohttps://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/13127Estudos habitacionais, em geral, e estudos da precariedade ou das carências dos domicílios, em particular, relacionam-se, como em qualquer ciência social, a problemas de classificação. Ao preparar-se para realizar o recenseamento das favelas do Rio de Janeiro, em 1950, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deparou-se com a seguinte questão: o que deveria ser considerado favela? Como resposta, a decisão metodológica foi considerar favelas “os aglomerados que o consenso público classifica como tal, estejam situados nos morros ou em qualquer outra parte” (IBGE, 1953, p. 17). Essa solução, aparentemente simples, não esgota o problema: como descrever, ou melhor, como construir tal “consenso público”? Além disso, quem deveria compor tal consenso? Talvez o consenso vislumbrado pelo IBGE se baseasse em alguns poucos estudos anteriores, pois, às vésperas do Censo Demográfico 1950, ainda eram raras as pessoas e instituições que se dedicavam ao estudo dos assentamentos precários, em um campo que apenas começava a se constituir no Brasil.porAcesso AbertoIntroduçãoBook partInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)Políticas PúblicasLicença ComumÉ permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.Política Nacional de Habitação (PNH)Núcleo Urbano Informal (NUI)Assentamentos precários