Pinheiro, Armando Manuel da Rocha Castelar2023-11-012023-11-011994PINHEIRO, Armando Manuel da Rocha Castelar. O Futuro da privatização. In: INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. O Brasil no fim do século: desafios e propostas para a ação governamental. Rio de Janeiro: IPEA, 1994. p. 115-121. Disponível em: https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/12445/1/14_O_Futuro_da_privatizacao.pdfhttps://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/12445O processo de desestatização no Brasil passou por duas fases distintas. A primeira, na década de 80, foi dedicada à reprivatização de empresas que haviam sido absorvidas nas “operações-hospital” do BNDES e de sua subsidiária BNDESPAR. A segunda fase, iniciada em outubro de 1991 com a venda da Usiminas, ampliou consideravelmente a magnitude e o escopo do processo, transferindo para o setor privado empresas que haviam pertencido ao Estado desde a sua fundação. A privatização continuou, contudo, limitada à indústria de transformação, responsável por uma parte menor do setor produtivo estatal (cerca de 12% do patrimônio líquido). O processo não avançou na década de 80 pela falta de compromisso político com o processo de desestatização em si e com a reforma do modelo econômico em geral. Essa falta de compromisso se explica pela tendência a sobrestimar a resistência dos grupos de interesse que giram em torno das empresas estatais e pela falsa percepção de que os problemas poderiam ser corrigidos por mudanças na administração dessas empresas, sem alterar significativamente a estratégia de desenvolvimento adotada com variadas tonalidades desde o Governo Vargas. O preço cobrado à sociedade pela inércia governamental foi alto. Em todo este período as estatais continuaram absorvendo e aplicando ineficientemente recursos públicos escassos que poderiam ter sido destinados ao resgate da dívida social acumulada com as camadas menos favorecidas da população.porAcesso AbertoO Futuro da privatizaçãoBook partInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)PrivatizaçãoLicença ComumÉ permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.Privatização