Roberto Rocha Coelho PiresMendonça, Leticia KoeppelCoordenação de Pós-Graduação e Capacitação - COPGC2025-09-232025-09-2320192019-10-31MENDONÇA, Leticia Koeppel. Design thinking e políticas públicas: ampliando as possibilidades de diálogo. 2019. 113 f. Dissertação (Mestrado em Políticas Públicas e Desenvolvimento) – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Brasília, DF, 2019.https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/19111O objetivo dessa dissertação é fomentar e ampliar as possibilidades de diálogo entre design thinking e políticas públicas. O trabalho aborda o design thinking enquanto modelo mental e aporta elementos para um melhor entendimento sobre como esse tema tem se inserido na administração pública, como tem se relacionado com as teorias de policymaking e que novos elementos poderia agregar à forma de lidar com os desafios públicos, contribuindo para construção de melhores políticas. Para isso foi realizada uma revisão aprofundada da literatura de design e sua evolução até o campo das políticas públicas, incorporando-se muitas reflexões a partir da experimentação mais recente do uso do design thinking no setor público, no Brasil e no mundo. Observou-se que o design percorreu uma longa caminhada até amadurecer enquanto modelo mental (design thinking) e poder ser transposto a outras áreas, inclusive o governo. Inspirado na complexidade, não separa definição do problema de construção de solução, combina diferentes formas de raciocínio, faz uso de uma diversificada linguagem “material” como instrumento do pensar e tem seu processo de desenvolvimento guiado pela reflexão na ação. Constatou-se também que o design thinking entra no governo no âmbito de uma agenda mais ampla de experimentos para inovação que almeja gerar mais capacidade estatal para lidar com os wicked problems contemporâneos tanto por meio de melhorias na gestão de políticas existentes, como de promoção de transformações sociais mais profundas na forma do Estado atuar e interagir com a sociedade. Observou-se também que o design thinking tem se inserido no setor público mais como prática de um modelo mental inspirado na complexidade do que como uma nova teoria para o policymaking, carecendo de maior diálogo com o campo das políticas públicas. O trabalho conclui com a apresentação de um quadro comparativo que, para fins didáticos, destaca as principais diferenças entre a abordagem de policymaking proposta pelo design thinking e a abordagem racionalista-positivista (tradicional), essa última, ainda muito presente na prática de construção de políticas pela burocracia. Ao organizar o modo de pensar do design aplicado a um conjunto de categorias estratégicas para construção de políticas públicas faz-se um esforço de aproximação de linguagens entre a abordagem do design e abordagens consolidadas do policymaking, o que pode ser visto como um convite à ampliação do diálogo entre esses dois campos de estudo.113porAcesso AbertoDesign thinking e políticas públicas : ampliando as possibilidades de diálogoInstituto de Pesquisa Econômica AplicadaAdministração PúblicaPolíticas PúblicasLicença Padrão IpeaÉ permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.InovaçõesDesign ThinkingWicked ProblemsDesign thinking e políticas públicas: ampliando as possibilidades de diálogo