Rosa, Thiago MendesCruz, Bruno de OliveiraAraújo, Luiz Rubens Câmara de2023-03-072023-03-072023-03https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/11817Neste trabalho, estima-se o retorno da educação técnica no Brasil entre 2007 e 2018. Construímos um painel de trabalhadores por meio da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e, como estratégia de identificação, utiliza-se a descrição das ocupações definidas no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT) do Ministério da Educação. Este catálogo define as ocupações relacionadas aos diversos cursos técnicos no Brasil. Os resultados mostram um prêmio salarial positivo e significante entre 21,3% e 24,9% para os trabalhadores nas ocupações técnicas, controlando por variáveis observáveis disponíveis na Rais (como escolaridade, idade, tamanho da empresa e tempo de duração do vínculo). Mesmo quando restringimos a amostra para jovens de 18 anos, o prêmio salarial se mantém positivo e significativo, ainda que em valores menores (5,8% a 7,8%). Realiza-se também uma análise de consistência com duas coletas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) (2007 e 2014), nas quais há um questionário suplementar para o ensino técnico. Novamente, o prêmio salarial se mantém em valores positivos e significantes, exceto em 2014 para os jovens de 18 anos. Uma possível explicação para esse resultado é o mercado de trabalho mais restrito devido ao início da recessão econômica. Com base nos prêmios salariais encontrados, foi realizada uma análise de custo-benefício, sugerindo a viabilidade do ensino técnico, do ponto de vista exclusivamente privado, se a mensalidade for de até R$ 8.595,10 (a uma taxa de desconto de 6,0%).porAcesso AbertoWorking paperInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)Ensino TécnicoEducaçãoPesquisasLicença ComumÉ permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.Ensino técnicoRaisPNAD