Publicação: Efeito estufa e o setor energético brasileiro
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Brasil
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1970-1995
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BR
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Grau Acadêmico
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dARK
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Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
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Acesso Aberto
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Efeito estufa e o setor energético brasileiro: Texto para Discussão (TD) 719, Greenhouse and the Brazilian energy sector: Discussion Paper 719
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Resumo
Esta pesquisa teve como objetivo lançar luz em três direções distintas, mas integradas, de modo a avaliar o impacto da produção e do consumo de energia no Brasil na sustentabilidade climática. Como pode ser observado, o bom desempenho dos indicadores climáticos, segundo o critério de Ayres (1996), se deveu preponderantemente à grande participação na matriz energética nacional das fontes renováveis — no caso a energia hidráulica para a produção de eletricidade — e à introdução da cana-de-açúcar como substituto do petróleo. Foi abordada em seguida a questão da integração entre a emissão de CO2, o consumo de energia e algumas variáveis macroeconômicas. A análise comparativa com outras economias mostrou que o Brasil apresenta uma situação confortável. Um fato importante diz respeito a sua taxa de crescimento populacional, que tem mostrado desaceleração. Assim, de acordo com a identidade de Kaya (1989), pode ocorrer que um aumento da intensidade energética seja compensado pela desaceleração da renda per capita e da população, fazendo com que haja diminuição da quantidade emitida de CO2. Por fim, foram identificados os diferentes focos de pressão que estariam induzindo ou não um aumento da intensidade agregada de CO2 no setor industrial brasileiro. Conforme foi mostrado, ao longo do período 1970/90, o fator fundamental foi a contínua elevação da intensidade energética. A pouca atenção dispensada ao gerenciamento dos processos industriais visando à economia de energia talvez tenha sido causada por uma política continuada de preços pouco realista para os insumos energéticos, principalmente a energia elétrica. Não obstante, essa perda de eficiência parece ter sido compensada pela mudança estrutural na indústria e pela substituição das fontes energéticas. A partir de 1990, observa-se uma modificação nesse cenário. As duas forças que foram capazes de compensar o aumento da intensidade energética não estariam atuando nessa direção. Embora o intervalo de tempo ainda seja curto, a abertura comercial parece estar induzindo para a deterioração da sustentabilidade climática na indústria. A perda de competitividade de setores nacionais menos intensivos no uso da energia estaria forçando uma realocação menos favorável. Além disso, existe a indicação de que o processo de substituição das fontes energéticas estaria se esgotando. Contudo, essa estagnação pode ser revertida se houver empenho na criação de incentivos que forcem a procura ou o uso de insumos energéticos mais limpos, ou até mesmo alternativos.
Resumo traduzido
The main objective of this study is to shed light on the climatic sustainability related to the energy consumption and production in Brazil in three different and complementary lines. The good environmental performance of the climatic indicators, according to the criteria proposed by Ayres (1996), is due mainly to the large participation of renewable sources of energy in the Brazilian energy matrix: the use of hydropower to generate electricity and the use of sugar cane as a substitute for oil. Afterwards, an integrated approach was adopted to analyse the relationship between the CO2 emissions, the energy consumption and selected macroeconomic variables. The comparative analysis with other economies shows that Brazil is in a comparatively good ranking position. An important aspect related to that is the deceleration of population growth. According to the Kaya identity (1989), it is possible that the increase of energy intensity, which, by its turn, would result in the growth of the aggregate intensity of CO2, may be triggered by the deceleration of per capita income and/or population growth. Finally, the last line along which this study has been undertaken concentrates on identifying the different sources of pressure on the CO2 aggregate intensity in the industry caused by the continuing increase of the energy intensity between 1970 and 1990. This was due to the careless management of industrial processes, partly as a result of the irrealistic prices for the energy inputs. Despite that loss of efficiency, changes in the industrial structure and in energy source substitution seem to have partly offset that loss. From 1990 ownwards, the situation changes and those two forces stop being effective. The factors behind that change are: trade openness liberalization, which may affect the climatic sustentability of industry; the loss of competitiveness in the least intensive energy industrial sectors; completion of the energy substitution possibilities. However, that situation can be reversed if the apropriate measures are taken so that the demand for cleaner energy inputs is encouraged.
