Economia da Saúde. Financiamento e Gastos em Saúde
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/16247
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Publicação Demanda por planos de saúde no Brasil(Ipea, 2007) Andrade, Mônica Viegas; Maia, Ana Carolina; Mônica Viegas Andrade; Ana Carolina MaiaNas últimas décadas, observou-se um crescimento significativo da adoção de sistemas mistos de financiamento da saúde, combinando recursos públicos e privados, especialmente entre os países da OCDE. Esse movimento está ligado ao aumento expressivo dos gastos com saúde, impulsionado por avanços tecnológicos, envelhecimento populacional e maior acesso aos serviços. No Brasil, apesar da existência de um sistema público universal regulamentado em 1988, cerca de 25% da população é atendida por planos de saúde privados, com predominância dos contratos coletivos, que representam 65% da cobertura. Essa coexistência entre os sistemas público e privado gera desigualdades no acesso, mas também representa uma alternativa viável para aliviar a pressão sobre o sistema público. O estudo em questão analisa os determinantes da demanda por planos de saúde privados no Brasil, com base em dados da PNAD de 1998 e 2003, buscando compreender as decisões dos indivíduos quanto à adesão e à escolha do tipo de cobertura. A pesquisa destaca a importância de ampliar o conhecimento sobre o comportamento dos usuários para subsidiar políticas públicas e privadas que promovam maior bem-estar social e eficiência no sistema de saúde.Publicação Gasto das famílias com saúde no Brasil : evolução e debate sobre gasto catastrófico(Ipea, 2007) Diniz, Bernardo P. Campolina; Luciana Mendes Santos Servo; Piola, Sérgio Francisco; Eirado, Marcos; Bernardo P. Campolina Diniz; Luciana Mendes Santos Servo; Sérgio Francisco Piola; Marcos EiradoApresenta-se neste trabalho um panorama abrangente sobre os gastos das famílias brasileiras com saúde, com foco especial na evolução desses dispêndios ao longo das últimas décadas e na análise de sua distribuição entre os diferentes estratos de renda. Com base em estudos anteriores e nos dados das Pesquisas de Orçamentos Familiares (POFs) de 1987-1988, 1995-1996 e 2002-2003, investiga-se se a implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) influenciou significativamente a carga financeira das famílias. Os estudos destacam que, enquanto famílias de baixa renda concentram seus gastos em medicamentos, aquelas com maior renda destinam parcela crescente a planos de saúde. Além disso, discute-se a incidência dos chamados gastos catastróficos — despesas diretas com saúde que superam 40% da capacidade de pagamento das famílias —, destacando o Brasil como um dos países com maior proporção de domicílios afetados por esse tipo de comprometimento financeiro. O trabalho propõe ainda uma reflexão metodológica sobre a medição desses gastos e busca contribuir para o debate sobre justiça distributiva e proteção financeira no sistema de saúde brasileiro.Livro Gasto e consumo das famílias brasileiras contemporâneas : volume 2(Ipea, 2006) Fernando Gaiger Silveira; Luciana Mendes Santos Servo; Menezes, Tatiane Almeida de; Fernando Gaiger Silveira; Luciana Mendes Santos Servo; Tatiane Almeida de Menezes; Sérgio Francisco PiolaApresenta descrição da distribuição dos gastos das famílias por faixa de renda, regiões e ao longo do tempo. Compreende trabalhos que, a partir de diferentes metodologias, estimam sistemas de demanda ou simplesmente calculam as elasticidades para os bens de consumo. Analisa como as variações no preço dos produtos e na renda das famílias brasileiras têm impacto sobre seus hábitos de consumo. Discute a interferência regional e as características socioeconômicas na sensibilidade das alterações do padrão de gastos familiares. Tem por base pesquisas domiciliares, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Publicação Os Gastos com educação e saúde reduzem a pobreza e a desigualdade de renda no Brasil ?(Ipea, 2025-04) Tabosa, Francisco José Silva; José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho; Diretoria de Estudos Internacionais - DINTE; Francisco José Silva Tabosa; José Eustáquio Ribeiro Vieira FilhoPPP 69Este trabalho tem como objetivo analisar o impacto dos gastos públicos em educação e em saúde na redução da pobreza e da desigualdade de renda dos estados brasileiros, no período de 2001 a 2015. Para isso, utilizou-se o método dos momentos generalizados (GMM), desenvolvido por Blundell e Bond (1998). Os resultados mostraram que a renda familiar per capita teve um impacto significativo no combate à pobreza e à desigualdade de renda e que os gastos com educação contribuem, mesmo que de forma moderada, com a redução da pobreza e da desigualdade de renda. Por sua vez, embora os gastos com saúde não tenham demonstrado afetar a desigualdade de renda para os estados brasileiros, causaram impacto na redução da pobreza. Outro resultado relevante foi que, ao se comparar os coeficientes estimados para todos os estados brasileiros com os estados da região Nordeste, observou-se que o impacto dessas variáveis no Nordeste foi maior.Publicação Emendas parlamentares ao orçamento federal do Sistema Único de Saúde : 2014-2024(Ipea, 2025-09) Fabiola Sulpino Vieira; Fabiola Sulpino VieiraEste relatório tem o objetivo de descrever o perfil das despesas em ações e serviços públicos de saúde (ASPS) da União por emendas parlamentares (EPs), gerando o primeiro de dois produtos sobre a alocação de recursos ao Sistema Único de Saúde (SUS) por EPs, do Termo de Execução Descentralizada no 3/2024, celebrado entre o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Realizou-se um estudo exploratório e descritivo da execução orçamentário-financeira de despesas do Ministério da Saúde (MS) por EPs no período de 2014 a 2024, empregando dados do Siga Brasil, sistema de informações sobre o orçamento federal, de acesso público, mantido pelo Senado. O estudo evidencia um aumento significativo de despesas em ASPS por EPs (de R$ 5,1 bilhões em 2014 para R$ 24,8 bilhões em 2024), com ampliação da participação das emendas nas despesas discricionárias do MS, de 18,6% para 45,4% no mesmo período. Nos últimos anos da série, registrou-se elevada execução orçamentária e financeira de despesas por EPs, atingindo o patamar de 96,5% e 87,3%, respectivamente, em 2024. As despesas em ASPS por emendas individuais e de relator corresponderam à maior parcela das despesas por EPs no período analisado. Quanto aos grupos de natureza de despesa, a partir de 2016, as despesas de custeio passaram a ser majoritárias, chegando ao patamar de 91,7% em 2024. Em relação à finalidade do gasto, foram priorizadas a atenção primária à saúde (APS) e a atenção especializada à saúde (AES), sendo os municípios os principais beneficiários dos recursos. No recorte regional, verificou-se que as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste receberam volumes maiores de recursos e, na análise por Unidade Federativa (UF), que UFs dessas mesmas regiões foram agraciadas com valores por habitante mais elevados. Em termos de perspectivas, dada a conjuntura política atual, conclui-se que é remota a probabilidade de que, no curto prazo, haja redução da alocação de recursos por EPs ao financiamento do SUS, o que gera preocupações sobre os impactos dessa destinação para o sistema de saúde e a saúde da população brasileira.Publicação A Relação Executivo-Legislativo e o impacto em políticas públicas de saúde, educação, assistência social e trabalho(Ipea, 2025-09)O documento se divide em cinco seções principais: a primeira discute as relações Executivo-Legislativo e o crescente protagonismo legislativo do Congresso; as demais tratam de seu protagonismo orçamentário, por meio das emendas parlamentares (EPs), e abordam os impactos destas nas políticas de saúde (seção 2); assistência social (seção 3); educação (seção 4); e trabalho (seção 5).Publicação Avaliação e desenvolvimento da governança em hospitais federais : o caso EBSERH(Ipea, 2019) Loja Neto, Gil Pinto; Almir de Oliveira Junior; Coordenação de Pós-Graduação e Capacitação - COPGC; Gil Pinto Loja Neto; Roberto Rocha Coelho Pires; Almir de Oliveira Junior; Schmidt, Flávia de HolandaMestrado Profissional em Políticas Públicas e Desenvolvimento - Terceira TurmaA partir da meta avaliação de um processo de mensuração da maturidade do ambiente de governança em ambiente hospitalar, o presente trabalho analisa e identifica se o processo implementado em 20 hospitais universitários federais, com a participação de mais de 15.000 profissionais da rede Ebserh em todo País, produziu informações que foram utilizadas pelos gestores em seu processo de governança, bem como se a cultura organizacional foi afetada pelos resultados do programa.Publicação Qualidade da informação sobre recursos federais alocados por emendas parlamentares à saúde (2014-2024)(Ipea, 2025-08-01) Cavalcanti, Filipe Matheus Silva; Vieira, Fabiola Sulpino; Fabiola Sulpino Vieira; Filipe Matheus Silva Cavalcanti; Ipea; Filipe Matheus Silva Cavalcanti; Fabiola Sulpino VieiraTD 3150A alocação de recursos federais por emendas parlamentares (EPs) à saúde aumentou entre 2014 e 2024, em razão da instituição do orçamento impositivo de emendas individuais e de bancada, e da ampliação da execução de emendas de relator. Dada a expressiva participação das EPs no financiamento de despesas em ações e serviços públicos de saúde (ASPS), e considerando o papel da União de utilizar as transferências de recursos aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios como mecanismo para a redução de desigualdades em saúde no Brasil, é preciso realizar estudos a fim de investigar se tal intento está sendo alcançado. Mas, para tanto, informações de boa qualidade sobre as destinações por EPs são necessárias. Nesse contexto, este estudo tem os objetivos de identificar as principais fontes sobre EPs em saúde e analisar a qualidade das informações divulgadas. Foram mapeadas fontes de informação de acesso público, e a qualidade das informações obtidas foi avaliada considerando as seguintes dimensões: acessibilidade (facilidade de obtenção), clareza metodológica (existência de documentação e não ambiguidade dos critérios utilizados na produção dos dados), cobertura (abrangência das bases disponíveis) e consistência (confiabilidade das informações). Os resultados mostram que a falta de transparência na alocação de recursos federais por EPs ainda é uma questão relevante no Brasil, em virtude de problemas relacionados a todas as dimensões analisadas.Publicação Financiamento do SUS e emendas parlamentares : uma análise da desigualdade das transferências de incremento ao custeio de serviços no período de 2019 a 2024 (Publicação Expressa)(Ipea, 2025-07-30) Cavalcanti, Filipe Matheus Silva; Ipea; Filipe Matheus Silva CavalcantiTD 3149Este estudo investiga o papel das emendas parlamentares no financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), com ênfase nas transferências de incremento ao custeio da atenção primária e da atenção especializada realizadas entre 2019 e 2024. Em primeiro lugar, analisa-se a evolução dos limites anuais definidos pelo Ministério da Saúde para esse tipo de repasse, observando-se um crescimento expressivo ao longo do período, especialmente na atenção especializada: nesse nível de atenção à saúde, os tetos de repasse para estabelecimentos públicos estaduais aumentaram 147%, enquanto os destinados a estabelecimentos públicos municipais cresceram 231%. No mesmo intervalo, os valores efetivamente pagos cresceram 79% e 120%, respectivamente. Para a atenção primária, a variação dos valores pagos foi de 51%. A análise também revela acentuadas desigualdades entre os entes federativos em termos de valores recebidos por habitante. Em segundo lugar, o estudo analisa as transferências de incremento ao custeio da atenção especializada para entidades privadas sem fins lucrativos a partir de uma base de dados inédita construída por meio da análise de 745 portarias do Ministério da Saúde publicadas no período. Os dados coletados evidenciam que 34,1% das emendas para estados e 28,1% das emendas para municípios nesse tipo de despesa são indicados a estabelecimentos privados. Por fim, a pesquisa analisa as despesas executadas em 2023 com recursos reservados às emendas de relator, porém reclassificados como despesa discricionária (não proveniente de emendas parlamentares) após decisão do STF de que esse tipo de emenda deveria ser utilizado apenas para correção de erros e de omissões no orçamento. São encontradas disparidades significativas na alocação desses recursos entre os entes subnacionais. Na atenção primária, o Alagoas foi o maior beneficiado, tendo recebido R$ 72 per capita em transferências municipais, seguido de Roraima (R$ 36) e Piauí (R$34). Na atenção especializada, o Alagoas também recebeu o maior montante por habitante, com R$ 128 per capita recebidos em transferências estaduais e municipais, seguido de Maranhão (R$ 49) e Paraíba (R$ 44).Livro Pesquisa Assistência Farmacêutica no SUS : uma síntese dos principais resultados para gestores de saúde (2019-2023)(Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Brasil), 2025-05) Vieira, Fabiola Sulpino; Chaves, Elton da Silva; Costa, Karen Sarmento; Bernarde, Heber Dobis; Bernardes, Liliane Cristina Gonçalves; Cavalcanti, Filipe Matheus Silva; Pereira, Blenda Leite SaturninoEste documento apresenta aos gestores e às gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS) uma síntese dos resultados da Pesquisa Assistência Farmacêutica no SUS. Essa pesquisa foi realizada com a finalidade de ampliar o conhecimento sobre os gastos em medicamentos dos municípios, dos estados e do Distrito Federal, incluindo aqueles decorrentes de demandas judiciais. Para o seu desenvolvimento, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) firmaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT), bem como contaram com a fundamental parceria do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).Publicação Pesquisa assistência farmacêutica no SUS : gasto em medicamentos judicializados de estados e municípios participantes (2019-2023)(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2025-05) Vieira, Fabiola Sulpino; Chaves, Elton da Silva; Costa, Karen Sarmento; Bernarde, Heber Dobis; Bernardes, Liliane Cristina Gonçalves; Cavalcanti, Filipe Matheus Silva; Pereira, Blenda Leite SaturninoEste texto tem os objetivos de analisar os gastos em medicamentos judicializados dos municípios e dos estados participantes da Pesquisa Assistência Farmacêutica no Sistema Único de Saúde (SUS), bem como de discutir o processo de judicialização de medicamentos nesse sistema. As questões analisadas, relativas à judicialização de medicamentos, integram o questionário da referida pesquisa, conduzida pelo Ipea em 2024, em parceria com o Conasems e o Conass. A investigação coletou dados dos municípios, do Distrito Federal e dos estados sobre a gestão e o financiamento dessa área no período de 2019 a 2023. Os dados acerca do gasto em medicamentos judicializados foram tratados para a exclusão de outliers e analisados por esfera de governo e região geográfica, por meio de estatísticas descritivas básicas para sumarizar os principais achados. Os resultados revelam elevada prevalência de demandas judiciais de medicamentos entre os municípios (58,7%) e os estados (100%), assim como de fornecimento de produtos farmacêuticos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), uso off label e utilização de via administrativa para dispensação de medicamentos não incorporados ao SUS. Em 2023, os medicamentos judicializados corresponderam, em média, a 8,4% do gasto total em medicamentos dos municípios e a 32,9% do gasto dos estados participantes da pesquisa. Os achados evidenciam a ampla disseminação da judicialização no SUS, com impactos expressivos sobre o orçamento público dos entes subnacionais, especialmente dos estados, e com potencial para acentuar desigualdades no acesso a medicamentos e agravar as iniquidades em saúde no Brasil.Publicação Incentivos e financiamento à inovação : panorama das empresas farmacêuticas e farmoquímicas apoiadas no período 2002-2023(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2024) Koeller, PriscilaO capítulo concentra-se na identificação do conjunto de empresas que têm acesso às renúncias fiscais, à subvenção econômica e aos financiamentos para pesquisa e desenvolvimento (P&D). Quantas são as empresas que têm acesso aos instrumentos? Uma mesma empresa acessa mais de um mecanismo? Qual o valor médio alocado para empresas dessas duas atividades no caso da subvenção econômica e do crédito a projetos de PDI? A análise é feita a partir do cruzamento da base do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da Receita Federal do Brasil (RFB) com as informações disponíveis sobre renúncia fiscal e financiamentos a projetos de PDI. O período para análise está limitado às informações disponíveis. No caso da renúncia fiscal, as informações estão disponíveis para o período de 2014 a 2022; para a subvenção econômica, o período de referência é de 2007 a 2023; e para o financiamento, o período analisado é de 2002 a 2023.Publicação Gasto público em medicamentos no Brasil : análise da completude dos registros de despesa dos estados, do Distrito Federal e dos municípios no SIOPS(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2024-11) Vieira, Fabiola SulpinoOs medicamentos representam uma parcela relevante dos gastos em saúde globalmente, impactando decisões de políticas públicas, como assistência farmacêutica e financiamento de sistemas de saúde. Nos países da OCDE, em 2016, esse gasto variou entre 7% na Dinamarca e 41% na Bulgária. No Brasil, ele chegou a 20,7% do total em 2021, sendo monitorado pelo Siops, que desde 2000 acompanha os investimentos mínimos em saúde nos estados, DF e municípios. No SUS, o financiamento da assistência farmacêutica inclui três componentes principais (CBAF, CESAF e CEAF), cada um com fontes e mecanismos específicos de financiamento e aquisição. Este estudo analisa a completude dos dados de gastos com medicamentos no Siops entre 2014 e 2023.Publicação Financiamento federal de ações e serviços públicos de saúde por emendas parlamentares e suas implicações para a regionalização da saúde(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2024-10) Vieira, Fabiola SulpinoNo Brasil, o debate sobre o papel das emendas parlamentares (EPs) no financiamento federal do Sistema Único de Saúde (SUS) ganhou destaque, nos últimos anos, em razão do aumento dos valores alocados e das possíveis consequências no acesso a serviços de saúde pela população, dado o subfinanciamento desse sistema. Nesse cenário, visando contribuir para a discussão sobre esse assunto, o objetivo deste texto é analisar a alocação de recursos federais por EPs para o financiamento de ações e serviços públicos de saúde (ASPS), especialmente da atenção primária à saúde (APS) e da atenção especializada à saúde (AES), sob a perspectiva regional de organização do SUS. Realizou-se um estudo descritivo sobre a alocação de recursos federais ao SUS, com foco na execução orçamentário-financeira do Ministério da Saúde (MS), em ASPS por EPs, no período de 2014 a 2023. Nos últimos dez anos, as despesas do MS com ASPS, por meio de EPs, cresceram 371%, passando de R$ 4,9 bilhões em 2014 para R$ 23,0 bilhões em 2023, com significativa redução do poder do MS de definir a destinação de recursos para o financiamento dos gastos discricionários. A alocação de recursos aos municípios por EPs, para financiamento da APS e da AES, considerando-se as regiões e as macrorregiões de saúde, foi muito desigual em 2023. No caso da APS, promoveu maior concentração de recursos nas macrorregiões e nas regiões de saúde do Norte e do Nordeste. No caso da AES, essas regiões também foram beneficiadas, mas com maiores valores por habitante concentrados em número menor de macrorregiões e regiões de saúde. Ainda que as regiões de saúde do Norte e do Nordeste tenham sido mais beneficiadas pelos recursos, isso não significa necessariamente melhora no acesso da população aos serviços especializados, que têm menor disponibilidade nessas regiões, uma vez que a alocação por EPs desconsidera os arranjos de programação regional da oferta de serviços e do atendimento da população adstrita a uma região ou macrorregião de saúde no SUS. Com isso, as EPs podem criar mais desigualdades de acesso aos serviços de saúde e mais iniquidades em saúde no Brasil.Publicação Contas de saúde do Brasil : aspectos gerais da produção das contas SHA 2015-2019 do setor público(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2024-10) Vieira, Fabíola Sulpino; Cruz, Mércia Santos daO Sistema de Informações sobre o Setor de Saúde (SHA) é uma ferramenta que coleta e analisa dados sobre os gastos e receitas em saúde, categorias de serviços, fontes de financiamento e indicadores de desempenho. Com essas informações detalhadas, governos e organizações podem identificar prioridades para investimentos em saúde, formular políticas mais eficazes e entender melhor os fatores que influenciam as despesas com saúde, como características socioeconômicas do público beneficiário, doenças específicas e tipos de investimentos realizados pelos prestadores de serviços.Livro Política e financiamento do sistema de saúde brasileiro : uma perspectiva internacional. Saúde para poucos ou para muitos : o dilema da zona rural e das pequenas localidades(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 1984) McGreevey, William Paul; Baptista, Lúcia Pontes de Miranda; Pinto, Vitor Gomes; Piola, Sérgio Francisco; Vianna, Solon MagalhãesEstuda a evolução dos gastos em saúde do Brasil, em relação a outros países. Analisa os padrões de seus gastos, bem como sua distribuição pelos seus principais subprogramas. Apresenta proposta de reorientação do gasto setorial e aponta condicionantes de sua evolução, como os papéis do médico, dos aspectos comportamentais e da tecnologia de ponta. Aprecia a estrutura de financiamento do sistema de saúde brasileiro e questões relativas à política de saúde.Publicação Financiamento das ações e serviços públicos de saúde no Brasil : um retrato das desigualdades regionais do período 2010-2022(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2024-06) Piola, Sergio Francisco; Vieira, Fabiola SulpinoEste texto dá continuidade a estudos anteriores, realizados no Ipea, que analisam o gasto das três instâncias de governo no financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Tomando-se como base o período 2010-2022, o estudo analisa o comportamento do gasto com ações e serviços públicos de saúde (ASPS) realizado pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal (DF) e pelos municípios no financiamento compartilhado do SUS, mostrando os efeitos das medidas de contenção do gasto público (por meio da Emenda Constitucional – EC no 95/2016) e de enfrentamento à pandemia de covid-19 no financiamento público do sistema. Como nos estudos anteriores, este texto mostra a evolução e a distribuição regionalizada dos gastos totais, bem como especifica a evolução dos gastos das diferentes esferas de governo, com destaque para a regionalização dos gastos federais. Além disso, apresenta e discute a emergência, a partir de 2015, da transferência de recursos federais via emendas parlamentares (EPs) de diferentes tipos e discute os problemas decorrentes do crescente volume de recursos envolvidos nessa modalidade de alocação de recursos.Publicação Projeto Economia da Saúde : fortalecendo sistemas de saúde para reduzir desigualdades(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2002) Barros, ElizabethO documento detalha a programação do Projeto Economia da Saúde de março a setembro de 2002, incluindo atividades em diferentes estados do Brasil e componentes federais. Consitui um resumo da programação desenvolvida no âmbito do Projeto Economia da Saúde, no período de março a setembro de 2002.Publicação Projeto economia da saúde : plano de trabalho ano II : setembro de 2003 a agosto de 2004 : aprovado na reunião do CPRP em 18 de agosto de 2003(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2003-08) Piola, Sérgio FranciscoO “Projeto Economia da Saúde” é uma cooperação técnica entre Brasil e Reino Unido, focada na alocação equitativa de recursos em saúde no estado do Rio de Janeiro. O objetivo é aperfeiçoar metodologias de alocação de recursos e capacitar técnicos da Secretaria Estadual de Saúde do RJ (SES-RJ), utilizando dados de 2002 e abordagens como a fórmula RAWP e o Índice Composto de Necessidades de Saúde. O projeto enfrentou desafios como a falta de informações completas sobre fluxos de demanda e cobertura por planos privados de saúde, além de desigualdades nas capacidades financeiras municipais. Espera-se que melhore a eficiência e equidade na distribuição de recursos de saúde e que os resultados contribuam para a gestão de custos em âmbito nacional.Livro Metodologia de projeção dos gastos previdenciários e assistenciais(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 1990-03) Oliveira, Francisco Eduardo Barreto de; Cabral, Hilda Maria; Beltrão, Kaizô Iwakami; Brito, Sheyla JarmouchEstima os efeitos demográficos e econômicos da nova legislação sobre a seguridade social, no período de 1980 a 2010, dado um conjunto de cenários quanto à evolução demográfica, à política de salário mínimo, ao crescimento do PIB e aos dispositivos legais vigentes. O trabalho foi desenvolvido em duas partes: Projeção de Contingentes Populacionais e Projeção de Receitas e Despesas.
