Padrão de financiamento e exportação cambial das empresas brasileiras a partir da crise de 2008

Abstract

Este trabalho pretende analisar a evolução do nível de exposição ao risco cambial das corporações brasileiras, sobretudo exportadoras, a partir da crise de 2008, quando muitas delas sofreram perdas substanciais em razão da desvalorização do real. Analisam-se as estratégias financeiras dessas companhias por meio do uso de derivativos cambiais, bem como os impactos resultantes da intermediação desses contratos e reverberação de potenciais perdas por parte do sistema bancário nacional. Discutem-se, ainda, os efeitos recentes das medidas regulatórias adotadas pelo governo brasileiro no sentido de limitar a entrada de capital especulativo no país e estabelecer um monitoramento mais efetivo dos riscos associados ao mercado doméstico de derivativos.