Publicação:
A Institucionalidade incompleta : a fragilidade do Ministério da Defesa e a (re)militarização no Brasil (2016–2022)

dc.contributor.authorReis, Yasmim Abril Monteiro
dc.contributor.authorSantos, Thais Yumi Nakai dos
dc.contributor.otherDiretoria de Estudos Internacionais - DINTE
dc.contributor.scholarYasmim Abril Monteiro Reis
dc.contributor.scholarThais Yumi Nakai dos Santos
dc.coverage.spatialBrasil
dc.coverage.temporal2016 – 2022
dc.date.accessioned2025-10-07T19:27:26Z
dc.date.available2025-10-07T19:27:26Z
dc.date.issued2025-04
dc.date.portal2025-04
dc.description.abstractEste artigo analisa como a institucionalidade do Ministério da Defesa condicionou a subordinação das Forças Armadas no Brasil, com foco nos governos de Michel Temer (2016-2018) e Jair Bolsonaro (2019-2022). Para isso, há duas perguntas norteadoras. Em que medida o desenho institucional do Ministério da Defesa permitiu a evolução da autoridade civil das Forças Armadas no Brasil? Como os governos Temer e Bolsonaro impactaram esse processo a partir da (re)militarização do setor? Adota-se como argumento central o emprego do conceito de (re)militarização do Ministério da Defesa, na medida em que os governos Temer e Bolsonaro não representam uma ruptura isolada mas, sim, a culminância de um processo institucional incompleto, no qual a autoridade civil nunca foi efetivamente consolidada. Metodologicamente, emprega-se o estudo de caso comparado à luz das seguintes variáveis: i) a direção política e os documentos de defesa; ii) a evolução orçamentária do Ministério da Defesa; e iii) a ocupação de cargos por militares. A principal contribuição do trabalho é a atualização do debate sobre os limites do controle civil no contexto democrático brasileiro. Conclui-se que a (re)militarização acelerada do Ministério da Defesa nos governos analisados foi uma consequência direta de uma institucionalidade propositalmente frágil, explorada por dois projetos políticos distintos – um pragmático e outro ideológico –, mas convergentes, que erodiram a autoridade civil por meio da maior participação militar na agenda, da inflexão no comando do ministério e das projeções orçamentárias e estratégicas da pasta.
dc.description.abstractalternativeThis article aims to analyze how the institutional framework of the Ministry of Defence (MoD) has shaped the subordination of the Armed Forces (AF) in Brazil, with a focus on the administrations of Michel Temer (2016-18) and Jair Bolsonaro (2019-22). The guiding research questions are: (i) to what extent did the MoD’s institutional design allow for the evolution of civilian authority over the AF in Brazil?; and (ii) how did the Temer and Bolsonaro administrations impact this process through the (re)militarization of the sector? The central argument employs the concept of (re)militarization, positing that the Temer and Bolsonaro governments do not represent an isolated rupture, but rather the culmination of an incomplete institutional process in which civilian authority was never fully consolidated. Methodologically, a comparative case study is employed to analyse the following variables: (a) political direction and defense documents; (b) the evolution of the MoD’s budget; and (c) the occupation of posts by military personnel. The main contribution of this work is to update debate on the limits of civilian control in the Brazilian democratic context. It is concluded that the accelerated (re)militarization. of the MoD under the analysed governments was a direct consequence of a deliberately fragile institutional framework, which was exploited by two distinct yet convergent political projects – one pragmatic and the other ideological – thereby eroding civilian authority through increased military participation in the agenda, a shift in the ministry’s command, and the portfolio’s budgetary and strategic projections.
dc.description.abstractalternativeEl objetivo de este artículo es analizar en qué medida la institucionalidad del Ministerio de Defensa (MD) condicionó la subordinación de las Fuerzas Armadas (FFAA) en Brasil, con un enfoque en los gobiernos de Michel Temer (2016-2018) y Jair Bolsonaro (2019-2022). Para ello, se plantean las siguientes cuestiones orientadoras: (i) ¿en qué medida el diseño institucional del MD permitió la evolución de la autoridad civil sobre las FFAA en Brasil?; y (ii) ¿cómo impactaron los gobiernos de Temer y Bolsonaro en este proceso a partir de la (re)militarización del sector? El argumento central es que el uso del concepto de (re)militarización permite entender que los gobiernos de Temer y Bolsonaro no son una ruptura aislada, sino la culminación de un proceso institucional incompleto en el que la autoridad civil nunca se consolidó plenamente. Metodológicamente, se emplea el estudio de caso comparado en función de las siguientes variables: (a) la dirección política y los documentos del Ministerio de Defensa; (b) la evolución presupuestaria de este ministerio; y (c) la ocupación de cargos por militares. La principal contribución del trabajo es la actualización del debate sobre los límites del control civil en el contexto democrático brasileño. Se concluye que la (re)militarización acelerada del MD en los gobiernos analizados fue una consecuencia directa de una institucionalidad deliberadamente frágil, explotada por dos proyectos políticos distintos – uno pragmático y otro ideológico –, pero convergentes, que erosionaron la autoridad civil mediante una mayor participación militar en la agenda, de la inflexión en el mando del ministerio y de las proyecciones presupuestarias y estratégicas de la cartera.
dc.description.firstpage425
dc.description.issue37
dc.description.lastpage452
dc.description.publicationtitleTempo do Mundo
dc.description.serieTempo do Mundo 37
dc.format.extent425–452
dc.identifier.citationREIS, Yasmim Abril Monteiro; SANTOS, Thais Yumi Nakai dos. A institucionalidade incompleta: a fragilidade do Ministério da Defesa e a (re)militarização no Brasil (2016–2022). Revista Tempo do Mundo, Rio de Janeiro, n. 37, p. 425–452, abr. 2025. DOI: https://dx.doi.org/10.38116/rtm37art16.
dc.identifier.doiDOI: https://dx.doi.org/10.38116/rtm37art16
dc.identifier.urihttps://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/19279
dc.language.isopor
dc.location.cityRio de Janeiro
dc.location.countryBR
dc.publisherIpea
dc.relation.ispartofhttps://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/18906
dc.rightsAcesso Aberto
dc.rights.holderInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada
dc.rights.licenseÉ permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.
dc.rights.typeLicença Comum
dc.source.urlsourcehttps://www.ipea.gov.br/revistas/index.php/rtm/
dc.subject.jelPublic Economics::National Government Expenditures and Related Policies::National Security and War
dc.subject.keywordForças-Armadas
dc.subject.keywordControle civil
dc.subject.keywordMinistério da Defesa
dc.subject.keywordGoverno Temer
dc.subject.keywordGoverno Bolsonaro
dc.subject.vcipeaMinistérios
dc.titleA Institucionalidade incompleta : a fragilidade do Ministério da Defesa e a (re)militarização no Brasil (2016–2022)
dc.title.alternativeThe Incomplete institutional framework: the fragility of the Ministry of Defense and (re)militarization in Brazil (2016-2022)
dc.title.alternativeLa Institucionalidad incompleta: la fragilidad del Ministerio de Defensa y la (re)militarización en Brasil (2016-2022)
dc.title.scholarA Institucionalidade incompleta: a fragilidade do Ministério da Defesa e a (re)militarização no Brasil (2016–2022)
dc.typeJournal Article
dspace.entity.typePublication
ipea.descriptionPPA 2025
relation.isJournalIssueOfPublication32603823-10d6-49f4-828c-ddff326ad78a
relation.isJournalIssueOfPublication.latestForDiscovery32603823-10d6-49f4-828c-ddff326ad78a
relation.isOrgUnitOfPublication1dfb6e50-5f9a-40af-88dc-71a6fd3a4bd2
relation.isOrgUnitOfPublication.latestForDiscovery1dfb6e50-5f9a-40af-88dc-71a6fd3a4bd2

Arquivos

Pacote Original

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
Tempo_Mundo_37_Artigo_16_institucionalidade_incompleta.pdf
Tamanho:
292.95 KB
Formato:
Adobe Portable Document Format
REPOSITÓRIO DO CONHECIMENTO DO IPEA
Redes sociais