Comércio Internacional
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Publicação Chancay, o Brasil e a América do Sul : considerações sobre o megaporto peruano e a integração da infraestrutura regional(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2024-12) Barros, Pedro Silva; Carneiro, Helitton ChristofferEste artigo tem por objetivo analisar as potencialidades do porto de Chancay como alternativa logística para o Brasil – e para outros países da América do Sul – considerando-se as sinergias entre o megaporto peruano e a infraestrutura e logística sul-americana. Avalia-se o atual momento da governança regional em infraestrutura na América do Sul, desde a perspectiva brasileira. A partir da análise de informações geoespaciais e estatísticas econômico-comerciais, foram identificadas as limitações das ligações diretas entre os principais centros produtivos do Brasil e o megaporto de Chancay. Apresentam-se possibilidades de articulação logística entre a América do Sul e a Ásia-Pacífico, tanto em governança como em infraestrutura. Por fim, a título de considerações finais, o artigo esboça os próximos movimentos para a relação entre a América do Sul e a China, que encontram consonância com a atual política externa brasileira.Publicação Vietnã : o grande beneficiário (até agora) da disputa comercial e tecnológica entre Estados Unidos e China?(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2024-12) Pineli, André Gustavo de MirandaUm aspecto notável da globalização é a centralidade assumida pela China nas etapas industriais das cadeias globais de valor (CGVs). Essa posição foi, contudo, desafiada por dois fenômenos nos anos 2010: a adoção, por empresas multinacionais, de estratégias China plus one, visando reduzir sua dependência da China, e, a partir de 2018, a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, que resultou em redução no comércio bilateral. Nesse contexto, o Vietnã emergiu como um ponto nodal entre as duas potências, sendo visto por ambas como parceiro preferencial para estratégias de friendshoring. Contribuiu para isso a relativa equidistância da política externa vietnamita, que, por meio da “diplomacia de bambu”, evita o alinhamento a um país específico. O Vietnã não apenas expandiu suas exportações para os Estados Unidos e importações da China, mas também atraiu investimentos diretos de empresas da China e de outras economias asiáticas que miram o mercado americano. A análise revela que o Vietnã não se limitou a um papel periférico, aumentando a adição local de valor e iniciando uma difícil ascensão a posições mais vantajosas nas CGVs. Com isso, e considerando o desempenho de outras economias que poderiam se beneficiar do friendshoring, conclui-se que o Vietnã foi o maior beneficiário da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China até o momento.Publicação A China no regime internacional de investimentos : uma análise dos tratados bilaterais de investimentos chineses com países africanos(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2024-12) Garcia, Ana SaggioroOs acordos de proteção de investimentos ganharam destaque no período pós-Segunda Guerra Mundial, em meio à geopolítica da Guerra Fria e ao processo de descolonização de países africanos e asiáticos. Com a liberalização dos mercados e a globalização nos anos 1990, os tratados bilaterais de investimento (TBIs) se tornaram amplamente difundidos, refletindo assimetrias econômicas e reforçando o poder das corporações multinacionais, muitas vezes limitando as políticas regulatórias nacionais em questões sociais, ambientais e de direitos humanos. Uma cláusula central nos TBIs permite que investidores estrangeiros contornem os tribunais domésticos e levem disputas à arbitragem internacional, afetando desproporcionalmente países do Sul global. Em resposta, alguns países do BRICS – como Brasil, África do Sul e Índia – reformaram seus marcos regulatórios de investimento, enquanto a China, em grande medida, adaptou-se ao regime existente, equilibrando flexibilidade e interesses estratégicos. Este artigo examina o papel da China no regime internacional de investimentos, com foco em seus 37 TBIs com países africanos. Por meio de análise documental, avaliam-se definições de investimento, proteções contra expropriação, mecanismos de resolução de disputas e cláusulas de responsabilidade social corporativa. Além disso, o artigo revisa casos envolvendo empresas chinesas em arbitragens internacionais. Conclui-se que, embora a China siga as normas globais de investimento, suas empresas raramente recorrem à arbitragem investidor-Estado, preferindo negociações diretas ou canais diplomáticos.Item Latin America and the likelihood of influence of the BRICS(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2025-06) Baumann, RenatoNas últimas sete décadas, o funcionamento de instituições multilaterais condicionou boa parte das posições adotadas por diversos países. Mais recentemente, contudo, a insatisfação com relação a diferentes aspectos levou ao surgimento de iniciativas que questionam o quadro vigente. A formação do grupo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS) é um dos claros exemplos disso. Iniciativas do grupo na mudança da governança global serão mais bem-sucedidas se envolverem, além do compromisso de parte dos países-membros, o apoio de outras economias em desenvolvimento. O Brasil é o único país latino-americano membro desse grupo. Os números apresentados sugerem que, para angariar o apoio das maiores economias latino-americanas para novas formulações, os membros do BRICS precisarão adotar postura mais ativa.Item The BRICS and their relationship with the two largest economies(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2025-06) Baumann, RenatoO expressivo crescimento da economia chinesa nas últimas décadas aproximou sua capacidade produtiva da dos Estados Unidos, superando-a em paridade de poder de compra e com possibilidade de ultrapassá-la também em termos nominais. Esse avanço gerou preocupações nos EUA, resultando em medidas internas com viés protecionista. A China, principal integrante dos BRICS, tem forte presença no grupo, com a maioria dos países membros apresentando déficit comercial com ela — exceto o Brasil. O crescimento chinês e sua liderança nos BRICS despertam reações defensivas da potência hegemônica (EUA), criando pressões internacionais para que outros países se alinhem a uma das potências. O objetivo dos BRICS de influenciar a governança global pode intensificar essas tensões e gerar retaliações aos seus membros, caso suas decisões contrariem interesses de terceiros.Item América Latina e a probabilidade de influência dos BRICS(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2025-06) Baumann, RenatoNas últimas sete décadas, o funcionamento de instituições multilaterais condicionou boa parte das posições adotadas por diversos países. Mais recentemente, contudo, a insatisfação com relação a diferentes aspectos levou ao surgimento de iniciativas que questionam o quadro vigente. A formação do grupo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS) é um dos claros exemplos disso. Iniciativas do grupo na mudança da governança global serão mais bem-sucedidas se envolverem, além do compromisso de parte dos países-membros, o apoio de outras economias em desenvolvimento. O Brasil é o único país latino-americano membro desse grupo. Os números apresentados sugerem que, para angariar o apoio das maiores economias latino-americanas para novas formulações, os membros do BRICS precisarão adotar postura mais ativa.Item Os BRICS e sua relação com as duas maiores economias globais(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2025-06) Baumann, RenatoO texto aborda o crescimento acelerado da economia chinesa, que se aproxima do nível da economia dos Estados Unidos, especialmente quando medida pela paridade do poder de compra. Essa ascensão tem gerado preocupações nos EUA, levando à adoção de medidas protecionistas. A China, como membro mais influente dos BRICS, exerce forte presença econômica no grupo, sendo o Brasil uma das poucas exceções com superávit comercial em relação ao país asiático. O fortalecimento da China e dos BRICS desperta tensões geopolíticas, com pressões para que outros países se alinhem a uma das potências. Além disso, o grupo busca influenciar a governança global, o que pode contrariar os interesses das economias dominantes, gerando possíveis retaliações.Publicação Ciclo de palestras Ipea : BRICS 2025 (Publicação Expressa)(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2025-06) Direito, Denise do Carmo; Luedeman, Gustavo; Servo, Luciana Mendes Santos; Silva, Luciana Acioly da; Desiderá, Walter (Coordenador)Em preparação à presidência brasileira dos BRICS em 2025, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) coordenou um ciclo de oficinas com em torno de 40 especialistas e profissionais de mais de 15 instituições brasileiras para formular recomendações estratégicas sobre cinco áreas prioritárias da agenda do bloco. A iniciativa reforçou o papel do Brasil como articulador de propostas inovadoras, pragmáticas e alinhadas às necessidades do Sul Global. O presente relatório consolida 24 recomendações — cinco por eixo — que contribuíram diretamente para a elaboração do documento submetido ao Conselho de Think Tanks dos BRICS (BTTC). A seguir, as ideias centrais contidas nas propostas são destacadas.Livro Transformação da estrutura das exportações brasileiras : 1964 / 70(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 1973) Von Doellinger, Carlos; Raimundo, Hugo Barros de Castro Faria; Leonardo, Nonato Mendonça Ramos; Cavalcanti, CasertaApresenta uma avaliação global dos resultados efetivos da política de promoção de exportações brasileiras desenvolvida a partir de 1964. Apresenta uma resenha da evolução institucional da política brasileira de exportação antes e depois de 1964. Estuda a evolução da pauta após 1964 e até 1970/71, dando destaque à posição quantitativa e qualitativa do Brasil no comércio mundial. A parte analítica trata dos produtos primários, com uma análise do comportamento recente das variáveis do lado da oferta interna e da posição do Brasil no mercado internacional desses produtos e também dos manufaturados, com estudos sobre a composição de suas exportações. Estuda os custos e a coerência política dos incentivos fiscais e a participação empresarial nas exportações. Chama a atenção para a necessidade de uma estratégia de longo prazo para as exportações, mostrando que o sucesso da política exportadora não pode prescindir de uma definição precisa de objetivos e instrumentos de ação.Livro Transformação da estrutura das exportações brasileiras : 1964-1970(Instituto de Planejamento Econômico e Social (Ipea), 1973) Von Doellinger, Carlos; Faria, Hugo Barros de Castro; Ramos, Raimundo Nonato Mendonça; Cavalcanti, Leonardo CasertaApresenta uma avaliação global dos resultados efetivos da política de promoção de exportações brasileiras desenvolvida a partir de 1964. Apresenta uma resenha da evolução institucional da política brasileira de exportação antes e depois de 1964. Estuda a evolução da pauta após 1964 e até 1970/71, dando destaque à posição quantitativa e qualitativa do Brasil no comércio mundial. A parte analítica trata dos produtos primários, com uma análise do comportamento recente das variáveis do lado da oferta interna e da posição do Brasil no mercado internacional desses produtos e também dos manufaturados, com estudos sobre a composição de suas exportações. Estuda os custos e a coerência política dos incentivos fiscais e a participação empresarial nas exportações. Chama a atenção para a necessidade de uma estratégia de longo prazo para as exportações, mostrando que o sucesso da política exportadora não pode prescindir de uma definição precisa de objetivos e instrumentos de ação, de modo a tirar.Publicação América Latina e a probabilidade de influência do BRICS(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2025-06) Baumann, RenatoNas últimas sete décadas, o funcionamento de instituições multilaterais condicionou boa parte das posições adotadas por diversos países. Mais recentemente, contudo, a insatisfação com relação a diferentes aspectos levou ao surgimento de iniciativas que questionam o quadro vigente. A formação do grupo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS) é um dos claros exemplos disso. Iniciativas do grupo na mudança da governança global serão mais bem-sucedidas se envolverem, além do compromisso de parte dos países-membros, o apoio de outras economias em desenvolvimento. O Brasil é o único país latino-americano membro desse grupo. Os números apresentados sugerem que, para angariar o apoio das maiores economias latino-americanas para novas formulações, os membros do BRICS precisarão adotar postura mais ativa.Livro Research for Agricultural Trade Between China and Brazil(Chinese Academy of International Trade and Economic Cooperation, 2021-11) Li, Wei; Zhou, Mi; Kou, Chunhe; Nonnenberg, Marcelo José Braga.; Moreira, Uallace; Bispo, Scarlett Queen Almeida; Araújo, Mateus; Pedrosa, FernandaDiscute o crescimento rápido do comércio agrícola entre China e Brasil desde o início do século XXI, destacando que o Brasil exporta produtos como soja, milho, café, citros, gado, suínos e aves para o vasto mercado consumidor chinês; a cooperação bilateral inclui acordos de reconhecimento mútuo e memorandos de entendimento sobre comércio eletrônico, e apesar dos danos causados pela COVID-19 à economia global, a inovação e a cooperação internacional oferecem esperança para o futuro, com análises detalhadas sobre políticas agrícolas, oportunidades, desafios e sugestões para o desenvolvimento das relações comerciais bilateraisLivro Conjuntura Internacional : Informe de Curto Prazo n° 1, mar. 1991(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 1991-03-25) Brasil. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Diretoria de Políticas Públicas (DPP). Coordenação de Macroeconomia (CM)Este informe apresenta o contexto conjuntural da economia internacional, destacando temas como taxa de juros, política fiscal, política monetária entre outros.Publicação International Trade and Greenhouse Gas Emission Patterns Between Brazil and the Original BRICS Countries(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2025-05) Taioka, Tainari; Barcelos, Tiago Ferreira; Ungaretti, Carlos Renato; Mendonça, Marco Aurélio Alves deEste artigo tem como objetivo estimar o valor agregado e as emissões de gases de efeito estufa (GEE) incorporadas no comércio entre o Brasil e os países originais do BRICS – China, Índia, Rússia e África do Sul – para o ano de 2022. Com base em dados da Exiobase, o indicador de emissões revela que a China é a principal fonte de emissões incorporadas nas importações brasileiras, enquanto a Rússia registra o maior indicador de emissões entre os destinos das exportações brasileiras – mostrando uma maior intensidade de emissões em relação ao volume de comércio. Os resultados mostram que a China foi o principal destino das exportações brasileiras, absorvendo aproximadamente 23,1 milhões de toneladas de CO2, e também representou a maior parcela das emissões incorporadas nas importações do Brasil, com cerca de 52,8 milhões de TCO2 – um resultado alinhado com o volume de comércio entre os dois países. As emissões associadas às exportações brasileiras estavam principalmente concentradas em setores como produção de alimentos e criação de animais, enquanto as importações eram dominadas por bens intermediários e de capital com altas intensidades de emissão.Livro Política industrial, joint ventures e exportações : a experiência brasileira(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 1986) Zoninsein, JonasTem como objetivo chamar a atenção para o desempenho recente de um agente pouco conhecido de exportações brasileiras: a "joint venture" internacional (jvi), e sugerir medidas de política industrial destinadas a explorar as potencialidades que o mesmo oferece. Faz uma breve revisão da bibliografia sobre organização industrial e exportações, e analisa a relevância das "joint ventures" como fator de dinamismo das exportações brasileiras, tanto a nível agregado como a nível de casos individuais. Finalmente são examinadas algumas propostas da política industrial, destinadas a reforçar o desempenho exportador das jvi. Destacam-se em virtude de sua importância no médio e longo prazos, a utilização do modelo das jvi enquanto instrumento de exportação de produtos manufaturados e da ampliação do intercâmbio com outras economias em processo de desenvolvimento.Publicação O Brasil e o BRICS expandido : relações comerciais recentes e recomendações(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2025-04) Mendonça, Marco Aurélio Alves de; Taioka, Tainari; Ungaretti, Carlos RenatoO BRICS original, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, desempenha um papel central na geopolítica internacional e tem como objetivo fortalecer a representatividade das economias emergentes. Desde a sua criação, o bloco tem promovido iniciativas que visam reduzir a hegemonia do Ocidente nas finanças globais, como a criação do Novo Banco de Desenvolvimento (New Development Bank – NDB). A expansão do BRICS em 2023, com a inclusão de cinco novos membros (Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã), reforçou a relevância econômica global do grupo, que passou a representar 36% do produto interno bruto (PIB) mundial. Os dados mostraram que o comércio intrabloco, liderado pela China, cresceu significativamente entre 2000 e 2023, enquanto o Brasil se destaca como exportador de commodities. Este texto examina a evolução das relações comerciais entre o Brasil e os outros países do BRICS, assim como com os novos integrantes, destacando a importância estratégica de parcerias econômicas e comerciais.Publicação Traceability of agri-food products : the key to conscious trade(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2025-04) Bispo, Scarlett Queen Almeida; Silva, Fernanda Aparecida; Martins, Michelle Márcia Viana; Nonnenberg, Marcelo José; Vianna, Ruan da Silva; Cruz, Carla Cristina PassosA globalização do comércio de alimentos tem exigido sistemas robustos de rastreabilidade para garantir a segurança do consumidor, a qualidade dos produtos e a sustentabilidade. Ao promover a transparência nas práticas agrícolas e encorajar o uso responsável dos recursos, a rastreabilidade desempenha um papel importante na proteção do meio ambiente e no apoio ao desenvolvimento sustentável. Este estudo examina os efeitos comerciais das medidas não tarifárias (MNTs) relacionadas à rastreabilidade no comércio internacional, com foco na rastreabilidade de insumos e processos no setor agrícola, com análises específicas nos setores de carne, frutas e pescados. Utilizando um modelo de gravidade estrutural e estimativa de Pseudo Máxima Verossimilhança de Poisson com efeitos fixos (FE) de alta dimensão, analisamos fluxos comerciais entre 53 países exportadores e 56 países importadores, abrangendo 2.081 produtos agrícolas de 2012 a 2021. Os resultados revelam que as medidas de rastreabilidade de insumos geralmente aumentam o comércio, enquanto a rastreabilidade de processos muitas vezes impõe barreiras comerciais. A interação entre as medidas de rastreabilidade de insumos e processos apresenta efeitos positivos no setor de carne. Esses resultados ressaltam o papel diferenciado das medidas de rastreabilidade, destacando a necessidade de abordagens de políticas personalizadas que considerem as características únicas de diferentes setores e países. As descobertas enfatizam a necessidade crítica de equilibrar a facilitação do comércio com padrões rigorosos de segurança, qualidade e sustentabilidade.Publicação Economia circular : repensando estratégias no comércio internacional(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2025-03) Silva, Jennyfer Ferreira da; Martins, Michelle Márcia VianaEste estudo explora a interseção entre a economia circular (EC) e o comércio internacional (CI) ao destacar o potencial de políticas e instrumentos de comércio para promover a EC em escala global. O texto aborda, direta ou indiretamente, quatro questões fundamentais: como a EC promove o CI; como o CI promove a EC; como a EC prejudica o CI; e vice-versa. A EC promove o CI ao criar demanda por tecnologias verdes, serviços de reciclagem e produtos remanufaturados, que podem ser ofertados por outros países. A partir da integração de práticas circulares nas cadeias globais de valor (CGVs), pode facilitar a logística reversa (LR) e a troca de materiais recicláveis, tornando as cadeias de suprimento mais eficientes e resilientes. A liberalização comercial facilita a importação de materiais reciclados e remanufaturados, estimulando a reutilização e a reciclagem em escala global. Para isso, a cooperação internacional, a elaboração de acordos multilaterais e regionais e a harmonização de normas técnicas são importantes para integrar práticas circulares em diversas regiões. O CI prejudica a EC a partir de normas e padrões desnecessariamente rigorosos e sem evidências científicas, que podem criar barreiras ao comércio, pois aumentam os custos de conformidade para empresas que operam em múltiplos mercados. Além disso, a exigência de rotulagem específica, certificações e requisitos de qualidade para produtos reciclados pode dificultar a integração em CGVs, especialmente para países em desenvolvimento (PEDs) com capacidade regulatória limitada. Por fim, o CI pode prejudicar a EC ao facilitar a exportação de resíduos para países com regulamentações ambientais mais frouxas, o que resulta em problemas de poluição e saúde pública. Ademais, a dependência de matérias-primas importadas, a falta de incentivos para a reutilização e reciclagem e a complexidade das regulamentações sobre resíduos e produtos remanufaturados podem perpetuar práticas lineares de produção e consumo. A conclusão destaca a importância da cooperação internacional, da harmonização de normas e da promoção de políticas comerciais que incentivem práticas sustentáveis, garantindo que a EC e o CI possam coexistir e reforçar-se mutuamente na busca por um desenvolvimento econômico sustentável.Publicação Geoeconomia e protecionismo : novas configurações do comércio internacional(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2025-04) Martins, Michelle Márcia Viana; Nonnenberg, Marcelo José BragaO objetivo deste Texto para Discussão é discutir o cenário geoeconômico pós-eleição de Donald Trump em 2025, examinando o crescimento do protecionismo, as repercussões para a segurança alimentar e os impactos nas cadeias globais de valor, sobretudo no agronegócio e nos setores associados ao processo de transição energética. A análise aborda o aumento de tarifas e possíveis retaliações, evidenciando como tais práticas podem afetar preços, realocar fluxos comerciais e intensificar tensões diplomáticas. Avalia-se também a postura dos Estados Unidos em relação aos compromissos climáticos e às políticas ambientais, bem como seu retrocesso na promoção de energias limpas. O texto explora, ainda, a posição do Brasil diante desses movimentos e as implicações para sua inserção comercial e o desenvolvimento de sua estratégia climática. Por fim, aponta-se que, apesar do avanço do protecionismo, existem movimentos de adaptação e cooperação que podem atenuar riscos macroeconômicos e assegurar estabilidade no fornecimento de alimentos.