Publicação: Ocupação agrícola e estrutura agrária no cerrado: o papel do preço da terra, dos recursos naturais e da tecnologia
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Regiões do cerrado brasileiro
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BR
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Grau Acadêmico
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Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
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Acesso Aberto
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É permitida a reprodução deste texto, desde que obrigatoriamente citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são rigorosamente proibidas.
Titulo alternativo
Texto para Discussão (TD) 913: Ocupação agrícola e estrutura agrária no cerrado: o papel do preço da terra, dos recursos naturais e da tecnologia, Agricultural occupation and agrarian structure in savanna: the role of the land price, natural resources and technology
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Resumo
Este trabalho propõe que a rápida expansão agrícola das regiões do cerrado, que tem se concentrado nas atividades de grãos e pecuária bovina, se deve ao baixo preço da terra nessas regiões vis-à-vis as demais regiões agrícolas do Brasil e do exterior. Esse baixo preço da terra, por sua vez, é explicado não só em função da maior distância dessas regiões do cerrado em relação aos mercados consumidores (o que, naturalmente, tende a anular a vantagem desse menor preço), mas, também, devido às limitações dos recursos naturais (extremo rigor do período seco, que restringe a atividade agrícola a grãos e pecuária bovina) e, sobretudo, às inovações tecnológicas que tornaram possível que a terra de boa qualidade se tornasse abundante na região, mediante sua “produção” a partir de terras de qualidade inferior. Para mostrar mais claramente como isso vem ocorrendo, o trabalho desenvolve um modelo de mercado de terra com “produção de terra”, especialmente talhado para a análise do cerrado. Prosseguindo nesses objetivos teóricos, o trabalho propõe um contraste com as teorias de progresso técnico de Hayami e Ruttan e de Hicks, concluindo que elas não são adequadas para a análise do cerrado. Procura-se também derivar implicações para as análises de função de produção e de produtividade total dos fatores (PTF). Finalmente, o trabalho procura também explicar a formação da estrutura agrária concentrada no cerrado e, em particular, a pequena presença da agricultura familiar na região. Nessa discussão, a ênfase recai sobre o preço baixo das terras e as características peculiares dos recursos naturais e da tecnologia, e não sobre as políticas públicas. Em suas conclusões, o trabalho deriva implicações para as políticas de meio ambiente e de reforma agrária e critica as análises econométricas do preço de terra feitas até agora, por não levarem em conta esse mecanismo de longo prazo de criação de terra no Brasil.
Resumo traduzido
This paper proposes that the rapid agricultural expansion of the cerrado regions, which has been limited do grains and livestock, is due to the low price of land in these regions as compared with the other agricultural regions of Brazil and abroad. This low price of land, in its turn, is attributed not only to the greater distance of these regions from the main markets, but, also, to the limitations of natural resources (the extremely harsh drought period, which limits the agricultural activities to grains and livestock) and, above all, to the technological innovations that created an abundance of land of good quality through its “production” from lower-quality lands. In order to show more clearly how this process has taken place, the paper develops a model of land market with “production of land”, specially designed for the analysis of the cerrado. The paper proposes also a contrast with the theories of technical progress of Hayami and Ruttan and of Hicks, concluding that they are not adequate to the analysis of the phenomenon. It is also attempted to derive implications for the analyses of production functions and total factors productivity (TFP). Finally, the paper also seeks to explain why the agrarian structure of the cerrado is so concentrated and, in particular, why family farming is lesser important in the cerrado. The paper emphasizes, in this discussion, the low price of land and the peculiar characteristics of the natural resources and the technology, rather than the role of public policies. In its conclusions, the paper derives some implications for the environmental as well as the agrarian reform policies, and criticizes the existing econometric analyses of land prices in Brazil.
