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Concursos para inovação : como a licitação na modalidade concurso pode estimular o desenvolvimento e a introdução de soluções no mercado brasileiro

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Resumo

Os Concursos de Inovação (CIs) não são destinados à aquisição comercial em larga escala, mas sim a mobilizar o sistema de inovação para resolver problemas e estimular abordagens não convencionais. Embora não resultem diretamente em aquisições em larga escala, os CIs mobilizam recursos privados para pesquisa e inovação e sinalizam demandas importantes que, de outra forma, poderiam passar despercebidas. Seu principal objetivo é introduzir soluções não convencionais ou anteriormente não imaginadas, permitindo participação livre, independentemente de experiência prévia. Este capítulo visa apresentar recomendações para o uso dessas intervenções, considerando a dinâmica histórica, a racionalidade econômica e um breve benchmark norte-americano. Dividido em seis seções, além desta introdução, o texto explora a importância dos prêmios na descoberta de inovações, discute a racionalidade econômica por trás dos CIs, analisa brevemente o caso norte-americano, apresenta recomendações práticas para uso imediato ou futuras regulamentações, e conclui com considerações finais.

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RAUEN, André Tortato. Concursos para inovação: como a licitação na modalidade concurso pode estimular o desenvolvimento e a introdução de soluções no mercado brasileiro. In: RAUEN, André Tortato (Org.). Compras públicas para inovação no Brasil: novas possibilidades legais. Brasília, DF: Ipea, 2022. p. 431-466. DOI: http://dx.doi.org/10.38116/978-65-5635-046-2/capitulo11

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Compras públicas para inovação no Brasil : novas possibilidades legais
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2022) Rauen, André Tortato
Apresenta e discute as novas possibilidades legais trazidas pela nova Lei de Licitações e Contratos, pelo marco legal das startups e pela nova redação da Lei de Inovação, mas não só isso. Ao fazê-lo, quer se estimular o uso conjunto destes diferentes instrumentos entre si e com os mecanismos que atuam pelo lado da oferta, como bolsas de pesquisa, subvenção e crédito. A ideia central aqui é a de que, pela primeira vez, o Brasil possui um conjunto robusto de instrumentos de política de inovação que atuam tanto pelo lado da oferta quanto pelo lado da demanda. Além disso, estes instrumentos podem ser combinados no sentido de aumentar os impactos da política de inovação. No que diz respeito às compras públicas, o desenvolvimento tecnológico é meio, e não fim. A racionalidade, portanto, é a de resolver um problema concreto, seja particular da instituição que adquire, seja da sociedade como um todo (forma catalítica).

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