Indústria
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/17414
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Publicação Subvenção e apoio técnico como pilares para políticas de fomento à Economia 4.0 em micro e pequenas empresas(Ipea, 2021) Stahelin, Maycon David; Claudio Roberto Amitrano; Alexandre de Ávila Gomide; Coordenação de Pós-Graduação e Capacitação - COPGC; Maycon David Stahelin; Fernanda De Negri; Pereira, Ana Karine; Alexandre de Ávila Gomide; Claudio Roberto AmitranoMestrado Profissional em Políticas Públicas e Desenvolvimento - Quarta TurmaEsta pesquisa tem como objetivo investigar de que forma a oferta de recursos públicos, por meio de subvenção, e o apoio técnico ajudam MPEs a inovar. O estudo aponta inicialmente a falta de recursos, a aversão ao risco da inovação e a baixa qualificação e estrutura técnica das empresas como entraves ao processo de inovação e, portanto, como problemas centrais que demandam o suporte do Estado. Para essa análise, foram realizados estudos de caso de duas políticas públicas. O primeiro, sobre o projeto piloto do programa Brasil Mais Economia 4.0, realizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas em parceria com o Ministério da Economia para acelerar a adoção de tecnologias 4.0 por firmas de pequeno e médio porte. O segundo estudo foi centrado no apoio da Embrapii ao desenvolvimento dessas tecnologias por MPEs, em projetos realizados em parceria com ICTs. Nos dois casos, foram compilados dados do apoio oferecido pelas políticas e dos resultados obtidos pelas empresas. Além disso, foram entrevistados os gestores das instituições executoras e representantes das firmas participantes e de fornecedores das tecnologias. Para a condução dos estudos, foi utilizada a metodologia do process-tracing (rastreamento de processos), que traz ferramentas para analisar de forma aprofundada o mecanismo que conecta as condições causais identificadas ao resultado pretendido, ajudando a compreender de que forma a subvenção e o apoio técnico auxiliam as empresas na adoção e no desenvolvimento das tecnologias da Economia 4.0 e contribuem para que esse processo seja bem sucedido. O estudo concluiu que a subvenção atua inicialmente como uma isca para atrair a atenção das pequenas firmas ao investimento em inovação, principalmente ao compartilhar os custos e consequentemente os riscos do projeto. No entanto, a questão financeira não é a única barreira para inovar e, mesmo com dinheiro disponível, a maior parte das MPEs enfrenta também limitações técnicas. Nesse sentido, o estudo demonstrou que as duas causas atuam de forma complementar para chegar ao resultado: algumas firmas precisam mais da subvenção, outras mais do apoio técnico, mas quase todas necessitam de ambos em algum grau. A análise demonstrou ainda como o efeito demonstração é relevante para remover as barreiras que impedem as MPEs a darem o primeiro passo – depois que perceberem o resultado da inovação adotada ou desenvolvida, a maior parte delas muda a visão e passa a ter interesse em continuar investindo, mesmo que com recursos próprios.Publicação Nova Indústria Brasil, Política Nacional do Cuidado e envelhecimento da população : uma análise à luz da economia da longevidade(Ipea, 2024-12) Félix, Jorge; Jorge FélixO Brasil vive um processo acelerado de envelhecimento da população, uma desindustrialização precoce e uma crise na área do cuidado de longa duração para pessoas idosas com impacto na produtividade. A partir da perspectiva da geopolítica do envelhecimento, esse quadro, embora desafiador, traz também oportunidades de reindustrialização. O objetivo do artigo é avaliar e explorar a capacidade de interação da Nova Indústria Brasil (NIB), lançada em 2024, com outras políticas públicas no campo do envelhecimento populacional, em particular com a Política Nacional de Cuidado (Lei no 15.069/2024). Com metodologia de análise documental, são investigados pontos de convergência e divergência e apresentados modelos internacionais passíveis de serem emulados ou adaptados pelo Brasil. Conclui-se que seria um aprimoramento da NIB a inclusão da visão da economia da longevidade em suas missões.Publicação Do México ao Paraguai : a difusão do modelo maquilador como estratégia de desenvolvimento econômico(Ipea, 2024-12) Silva, Vinícius Figueiredo; Vinícius Figueiredo SilvaEste artigo aborda o papel das maquilas como estratégia de desenvolvimento econômico no Paraguai, contextualizando sua implementação a partir da influência do modelo originalmente desenvolvido no México, país pioneiro na adoção desse arranjo produtivo. A experiência mexicana é apresentada como referência inicial, sendo seguida pela análise da Lei Maquila paraguaia, promulgada na década de 1990, que instituiu incentivos fiscais com o objetivo de atrair investimentos estrangeiros e promover a geração de empregos. O estudo examina, ainda, os requisitos legais para a instalação de maquilas, os benefícios concedidos, as obrigações relativas ao emprego e às exportações, bem como a forma como essas diretrizes se manifestam na dinâmica econômica e nas condições de trabalho no país, contribuindo para a reprodução de desigualdades estruturais.Publicação El Papel de las maquiladoras en el desarrollo de Paraguay : impactos, oportunidades y desafíos(Ipea, 2024-12) Zardo, Luiz Marcelo Michelon; Baldrighi, Rafael de Moraes; Luiz Marcelo Michelon Zardo; Rafael de Moraes BaldrighiEl régimen de maquilas en Paraguay se ha consolidado como uno de los principales motores de las exportaciones industriales del país. Desde su regulación por el Decreto no 9.585/2000, las maquilas han crecido significativamente, representando en 2023 el 67% de sus exportaciones manufacturadas. Paraguay sigue una trayectoria similar a la de otras experiencias maquiladoras, como la de México y países asiáticos, combinando incentivos fiscales, mano de obra accesible y proximidad a grandes mercados consumidores. En este contexto, el presente artículo analiza la evolución de las maquilas paraguayas, sus impactos en la economía nacional, así como desafíos y oportunidades futuras. La investigación se basa en documentos legales, informes oficiales y pronunciamientos de autoridades paraguayas. Las principales conclusiones indican que el régimen maquilador ha jugado un papel importante en la industrialización y fortalecimiento del mercado laboral formal en las últimas dos décadas, con un énfasis particular durante el gobierno de Cartes (2013-2018). Sin embargo, además del bajo nivel de intensidad tecnológica, la concentración geográfica en las regiones fronterizas y la excesiva dependencia de los mercados mercosureños, uno de los grandes desafíos a superar es que la atractividad del régimen aún está fuertemente anclada en diferenciales de costos y fiscales, y no en bases más sólidas y a largo plazo. Finalmente, en cuanto a la constitución de ventajas competitivas duraderas, se señaló la necesidad de ampliar la participación de Paraguay en cadenas de producción extraregionales y impulsar su integración con los países vecinos a través de proyectos como el Corredor Vial Bioceánico.Publicação O Complexo industrial-digital : inserção do Brasil no ecossistema sino-estadunidense(Ipea, 2024-12) Pecequilo, Cristina Soreanu; Marzinotto Junior, Francisco Luiz; Cristina Soreanu Pecequilo; Francisco Luiz Marzinotto JuniorA economia digital é dividida em três camadas constituídas por aspectos materiais, virtuais e setores econômicos tradicionais. Cada dimensão possui uma rede de atores envolvidos na cadeia de suprimentos, que neste artigo chamamos de complexo industrial-digital. Os Estados Unidos e a China se destacam como os dois principais polos de inovação antagônicos no século XXI, possuindo empresas e infraestruturas robustas que sustentam seus ecossistemas digitais, cujas relações combinam cooperação e competição em diferentes momentos e setores. O Brasil, embora tenha tentado construir um complexo industrial-digital nacional desde os anos 1960, enfrenta desafios para se posicionar de maneira competitiva. O objetivo deste trabalho é analisar a inserção do Brasil no ecossistema sino-estadunidense e mapear os principais agentes do complexo industrial-digital brasileiro. Utiliza-se como método a construção de um quadro analítico embasado na categorização das camadas materiais e virtuais do complexo industrial-digital, a fim de identificar os pontos fracos e fortes do país em cada segmento. Conclui-se que, apesar de o Brasil ter uma boa inserção em setores digitais, possui uma carência significativa nas capacidades materiais e no desenvolvimento de tecnologias habilitadoras estratégicas. O país deve implementar uma política direcionada ao fortalecimento das áreas mais fragilizadas, investir em tecnologias críticas e estabelecer parcerias estratégicas que promovam a transferência de conhecimento e inovação, integrando governos, academia e setor privado para impulsionar o desenvolvimento de um complexo industrial-digital brasileiro autônomo competitivo.Publicação A Integração entre a Argentina e o Brasil no setor de gás natural : diplomacia, neoindustrialização e segurança energética(Ipea, 2024-12) Bitelli, Julio Glinternick; Teixeira, Igor Goulart; Julio Glinternick Bitelli; Igor Goulart TeixeiraAo redor do mundo, o consumo e a produção de gás natural têm aumentado em ritmo constante nas últimas décadas. A América do Sul é parte dessa tendência e registrou, na segunda metade do século XX, a consolidação de um mercado regional de gás. A partir da Bolívia, fluíram por gasodutos moléculas que abasteceram as maiores economias da região: Argentina e Brasil. No século XXI, contudo, a tendência de queda da produção boliviana associou-se ao descobrimento e à paulatina exploração da reserva de Vaca Muerta na Argentina, a segunda maior de gás não convencional do mundo. A reconfiguração do tabuleiro de gás sul-americano, assim, deriva da complementaridade entre a Argentina, que detém os recursos energéticos, e o Brasil, que demanda esses recursos tanto para impulsionar sua neoindustrialização quanto para abastecer suas termelétricas. O nexo entre as indústrias brasileiras e a integração energética é direto. Em uma das possibilidades de escoamento, a Bolívia apresenta-se como ponto estratégico de circulação do hidrocarboneto, tendo em vista a malha de gasodutos já existente e sua capacidade ociosa. A própria América do Sul oferece inspirador precedente de integração energética em prol do aprofundamento das relações bilaterais entre países vizinhos e do desenvolvimento: a parceria entre Brasil e Paraguai na construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu.Publicação Mais Produção Plan, powershoring and comparative advantages : financing strategies for Brazil’s green industrial policy(Ipea, 2024-12) Leotti, Camila; Camila LeottiThis paper analyzes how BNDES financing through the Mais Produção Plan (P+P) contributes to diversifying and increasing the complexity of Brazilian industry. It also investigates the powershoring strategy as a green industrialization approach for Brazil, leveraging the country’s renewable energy matrix. Through a comparative analysis of the sectors funded by BNDES and Brazil’s export profile using economic complexity indicators (Product Complexity Index, Opportunity Gain, and Revealed Comparative Advantage), the study assesses the effectiveness of P+P in promoting strategic sectors. The results show that BNDES has targeted investments toward more complex sectors, such as machinery, chemicals, and electronics, but still allocates a significant share to the lower-complexity agricultural sector. The study concludes that incorporating the powershoring strategy into BNDES’s portfolio could enhance Brazil’s industrial competitiveness by utilizing renewable energy to attract investments and promote the transition to a low-carbon economy.Publicação Industrial policy in production networks : which sectors to promote in Brazil ?(Ipea, 2024-12) Thiago Sevilhano Martinez; Orrillo, Miguel; Thiago Sevilhano Martinez; Miguel OrrilloThis paper presents the theoretical framework developed by Liu (2019) for analyzing the impacts of industrial policy, with applications to South Korea, China, and Brazil. Using a general equilibrium model that incorporates market imperfections and input-output linkages, Liu (2019) demonstrates the existence of a synthetic measure – distortion centrality – related to a sector’s position within the production network. This measure indicates: a) which sectors should receive targeted subsidies; and b) the optimal priority ranking among them. We discuss Liu’s (2019) main findings when applying this framework to assess industrial policies in South Korea during the 1970s and in modern-day China. The results show a strong correlation between the sectors prioritized in these historical experiences and the ranking recommended by the theory. As an original empirical application, we compute the sectoral ranking for Brazil in 2019, identifying the industries that, according to this framework, should be prioritized for government support. The key findings are: i) industrial sectors dominate among those classified as high-priority, but some industries fall outside the group recommended for subsidies; ii) in the service sectors, there are both intermediate-priority sectors and those for which government support is not advised; and iii) agricultural sectors are within the eligible range for support but rank at the lower end of the priority scale.Publicação Neoindustrialização : uma análise comparativa entre Austrália, Reino Unido e Brasil(Ipea, 2024-12) Moraes, Isaías Albertin de; Isaías Albertin de MoraesO artigo analisa comparativamente as políticas de neoindustrialização na Austrália, no Reino Unido e no Brasil, países que enfrentaram distintos padrões de desindustrialização: híbrido, convencional e prematuro ou negativo, respectivamente. Na Austrália, destacam-se programas como o National Innovation and Science Agenda (Nisa) e a Modern Manufacturing Strategy (MMS); no Reino Unido, a Industrial Strategy e o Plan for Growth; e, no Brasil, o Plano Nova Indústria Brasil (NIB). A pesquisa adota uma abordagem comparativa intercasos com seleção por variedade máxima, combinando análise documental, revisão bibliográfica e dados qualitativos e quantitativos extraídos de fontes primárias e secundárias. A hipótese central é que, apesar das diferenças estruturais e institucionais, os três países vêm promovendo políticas industriais ativas com vistas à reconstrução de sua base produtiva. O estudo sustenta que a ampliação, a integração e a sofisticação da estrutura produtiva são elementos estratégicos para o desenvolvimento econômico, capazes de gerar empregos qualificados, fortalecer o mercado interno e impulsionar a inovação. Conclui-se que a neoindustrialização, longe de ser um debate superado, constitui uma resposta concreta às crises contemporâneas – como a pandemia, a emergência climática e as guerras comerciais –, e que o Estado desempenha papel decisivo nesse processo, sobretudo ao articular investimentos, coordenar políticas e induzir transformações estruturais. Trata-se, portanto, de um projeto político, e não de um desdobramento espontâneo do mercado.Publicação Transformação produtiva e Nova Indústria Brasil (NIB)(Ipea, 2024-12) Feijó, Carmem; Carmem FeijóO objetivo deste artigo é argumentar que a reindustrialização da economia brasileira é necessária tanto para a economia recuperar a capacidade de crescer de forma robusta como também para enfrentar a transição climática. A perspectiva analítica desenvolvida é a de que a principal causa do fraco desempenho da economia brasileira nas últimas décadas é a sua incapacidade de combinar eficientemente a política macroeconômica de curto prazo com políticas industriais e tecnológicas de longo prazo que permitiriam ao país continuar seu processo de industrialização, e no contexto da transição climática, em direção à descarbonização e à preservação ambiental. Essa incapacidade está relacionada ao espaço limitado de política para a implementação de políticas estruturantes de caráter desenvolvimentista.Publicação O Processo de formulação da Nova Indústria Brasil (NIB) : política orientada por missões e participação social no desenho do Plano de Ação da NIB(Ipea, 2024-12) Hitner, Verena; Castro, Aline Contti; Verena Hitner; Aline Contti CastroO objetivo geral do presente trabalho é analisar o processo de formulação do Plano de Ação da Nova Indústria Brasil (NIB), em especial a metodologia utilizada nessa construção e o processo de participação. Procura-se responder às seguintes perguntas: de que forma a metodologia da política orientada por missões direcionou o processo de construção do Plano de Ação da NIB? Como se deu o processo de participação na construção deste plano? Em termos metodológicos, trata-se de um estudo de caso que envolve também pesquisa bibliográfica, análise documental e observação participante. Destacam-se dois principais argumentos do trabalho. O primeiro é que o estabelecimento das seis missões de desenvolvimento industrial, com seus princípios e objetivos formalizados por meio de uma resolução específica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), constituiu-se num importante instrumento para a construção de consensos em torno do entendimento de que a política industrial está associada a objetivos sociais centrais do país. O segundo é que o desenho do Plano de Ação da NIB, elaborado com base nas premissas da política orientada por missões, se formou como um documento abrangente, resultado de um processo de construção coletiva entre o governo federal e a sociedade civil, o que fortaleceu a legitimidade dessa política, conforme evidenciado pelo apoio de diversas instituições sociais, empresariais e trabalhistas à NIB. Nesse sentido, o Plano de Ação da NIB se constituiu como o novo modelo possível de desenvolvimento industrial do país.Publicação A Nova política industrial brasileira e seu alinhamento às tendências globais(Ipea, 2024-12) Araújo, Caroline Giusti de; Nonato, Vinícius Luís de Souza; Felizardo, Rafael Grilli; Caroline Giusti de Araújo; Vinícius Luís de Souza Nonato; Rafael Grilli FelizardoEste artigo analisa o ressurgimento do debate em torno da política industrial em âmbito global e sua influência na decisão do Brasil de retomar o planejamento econômico de longo prazo. As mudanças no contexto político com a crise sanitária e climática e o acirramento das tensões geopolíticas estimularam as principais economias mundiais – como Estados Unidos, Alemanha e China – a fortalecer estratégias industriais para impulsionar a inovação, a produtividade, o crescimento e a transição ecológica. Essa tendência internacional levou o Brasil a reconsiderar sua agenda de desenvolvimento, especialmente diante dos desafios impostos pela desindustrialização, que atrasou o país no catching up. Nesse cenário foi lançada a Nova Indústria Brasil (NIB), que está apoiando e direcionando os investimentos privados para a neoindustrialização, mas que ainda enfrenta desafios relacionados à governança e ao Custo Brasil.Publicação Apresentação : o tempo da política industrial no mundo(Ipea, 2024-12) Freddo, Daniela; Roventini, Andrea; Pedro Silva Barros; Daniela Freddo; Andrea Roventini; Pedro Silva BarrosA edição nº 36 da Revista Tempo do Mundo reúne 17 artigos que exploram a retomada da política industrial como instrumento estratégico para o desenvolvimento econômico e social no Brasil e no mundo, destacando a Nova Indústria Brasil (NIB) como resposta aos desafios da desindustrialização, transição energética e desigualdades estruturais. A publicação analisa experiências internacionais, como as dos EUA, China, Europa e Austrália, e propõe abordagens orientadas por missões, com forte participação social e coordenação estatal. Os textos abordam temas como inovação, integração regional, envelhecimento populacional, indústria extrativa e digital, além de políticas públicas voltadas à sustentabilidade, inclusão e soberania tecnológica.Publicação Artificial intelligence in Brics Countries : sovereignty, development stages, and different perspectives(Ipea, 2025-07) Queiroz, Sergio; Direito, Denise; Sergio Queiroz; Denise DireitoThe study analyzes key reference documents on artificial intelligence (AI) published by ten BRICS member countries, with the objective of identifying their priorities for the development of this technology. The methodology is based on document analysis, supported by content analysis software, and guided by the concepts of technological and digital sovereignty, as well as four structuring dimensions used to evaluate each country: i) computational infrastructure; ii) data; iii) skilled workforce; and iv) research and development (R&D). The results reveal a heterogeneous landscape, marked by varying ambitions and stages of maturity. China and Russia stand out for their pursuit of global leadership in AI, marked by substantial investments in comprehensive technological sovereignty, ranging from hardware to algorithms. In contrast, countries such as Iran prioritize regional dominance. Other members present strategies less focused on autonomous innovation, instead emphasizing the adoption of AI solutions to enhance public services (health, security, education). A shortage of skilled professionals and weaknesses in R&D systems are common challenges across all countries. In the field of international cooperation, initiatives such as shared infrastructures (for instance, regional computing hubs), along with legislation on data sharing and interoperability frameworks, are identified as crucial issues for BRICS countries.Publicação Indicador Ipea de consumo aparente de bens industriais – fevereiro de 2025(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2025-06) Carvalho, Leonardo Mello deO Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais avançou 1,3% na comparação entre fevereiro e janeiro na série com ajuste sazonal. O indicador é uma proxy da demanda interna por bens industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações. Esse resultado ocorreu em razão da queda de 0,3% da produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) e da alta de 7,0% das importações de bens industriais, conforme mostra a tabela 1.Livro A Transferência de tecnologia no desenvolvimento industrial do Brasil(Instituto de Planejamento Econômico e Social (Ipea), 1972) Figueiredo, Nuno Fidelino deCompreende uma análise minuciosa das categorias de conhecimento técnico no desenvolvimento industrial, das modalidades de transferência de conhecimento técnico, uma descrição do marco jurídico e institucional da transferência de tecnologia do exterior e dos acordos entre empresas no Brasil. Esta última análise é concluída com importantes considerações sobre uma política referente a esses acordos. Da maior importância são os exemplos nos quais são descritos os programas de reorganização e modernização de uma indústria de bens de capital e outra de bens de consumo. Uma política de transferência de tecnologia afigura-se uma necessidade urgente. O mérito deste estudo está em o autor demonstrar que a formulação dessa política depende fundamentalmente da coordenação da política industrial e da política de desenvolvimento científico e tecnológico. A sua conclusão é que o processo de importação de tecnologia deve ser vinculado a uma política de desenvolvimento industrial setorial.Publicação Inteligência artificial nos países do BRICS : soberania, estágios de desenvolvimento e diferentes perspectivas(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2025-06) Queiroz, Sergio; Direito, DeniseEste estudo analisa os documentos de referência sobre inteligência artificial (IA) publicados por dez países-membros do BRICS, com o objetivo de identificar suas prioridades para o desenvolvimento dessa tecnologia. A metodologia baseou-se em análise documental, utilizando software de análise de conteúdo, orientada pelos conceitos de soberania tecnológica e digital e por quatro eixos estruturantes que guiaram a avaliação de cada país: i) infraestrutura computacional; ii) dados; iii) mão de obra especializada; e iv) pesquisa e desenvolvimento (P&D). Os resultados revelam um cenário heterogêneo, com diferentes ambições e estágios de maturidade. China e Rússia destacam-se pela busca da liderança global em IA, com investimentos maciços em soberania tecnológica integral, desde hardware até algoritmos. Países como Irã, por sua vez, focalizam a dominância regional. Outros membros apresentam estratégias menos voltadas para a inovação autônoma, concentrando-se na adoção de soluções de IA para melhorar serviços públicos (saúde, segurança, educação). A escassez de mão de obra especializada e as fragilidades nos sistemas de P&D são desafios para todos os países. No campo da cooperação internacional, iniciativas como infraestruturas compartilhadas (hubs regionais de computação), além de legislação para compartilhamento de dados e frameworks de interoperabilidade, são questões cruciais para os membros do BRICS.Livro Ensaios sobre mark-up : (com especial referência ao caso brasileiro)(Instituto de Planejamento Econômico e Social (Ipea), 1990) Lerda, Juan CarlosTorna explicito o mark-up ótimo embutido no modelo da firma que maximiza lucros no curto prazo em condições de concorrência. Reconstrói alguns resultados convencionais da teoria neoclássica, usando explicitamente o coeficiente de mark-up ótimo. Examina, através de algumas relações estabelecidas anteriormente, as hipóteses sobre a variação do mark-up ao longo do ciclo.Livro Desenvolvimento regional e urbano : diferenciais de produtividade e salários industriais(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 1973) Boisier, Sergio; Smolka, Martin O.; Barros, Aluízio A. deO presente trabalho procura analisar os diferenciais de produtividade e salários industriais por regiões e classes de tamanho urbano, restringindo-se à indústria devido à sua importância como setor dinâmico e elemento condicionante da distribuição espacial das atividades econômicas. Inicialmente, realizou-se uma análise regional (por Unidades da Federação) do comportamento da produtividade e dos salários industriais no período de 1967 a 1969, com base em dados do IBGE/DEICOM (Produção Industrial), utilizando-se o método de decomposição desenvolvido por Theil (Teoria da Informação), que busca explicar esses diferenciais a partir de fatores como tecnologia, localização regional e escala de produção. Posteriormente, a mesma abordagem foi aplicada à dimensão urbana, com a redefinição dos padrões de localização por classes de tamanho urbano, utilizando tabulações especiais encomendadas ao IBGE/DEICOM para uma amostra de 222 centros urbanos distribuídos em sete classes. Entre os principais resultados, destaca-se a relevância do fator tecnológico como principal explicação para os diferenciais de produtividade, tanto em nível regional quanto urbano, enquanto o fator espacial mostrou-se mais relevante para explicar os diferenciais salariais. Os achados sugerem que, ao menos no caso brasileiro, os objetivos de eficiência e equidade não são necessariamente conflitantes, podendo ambos ser alcançados por meio da regionalização de políticas setoriais. Por fim, ressalta-se que os resultados apresentados devem ser considerados como uma primeira aproximação ao tema, sendo ainda necessárias pesquisas empíricas complementares. Este estudo busca, sobretudo, suscitar o interesse e fomentar o debate sobre uma questão de grande relevância para um país com as dimensões territoriais do Brasil.Livro Pequenas e médias indústrias : análise dos problemas, incentivos e sua contribuição ao desenvolvimento(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 1973) Barros, Frederico José O. Robalinho de; Modenesi, Rui LyrioInicialmente concebido para identificar setores industriais promissores para o crescimento de pequenas e médias indústrias, o presente estudo evoluiu para uma análise mais ampla, voltada à identificação dos principais obstáculos enfrentados por essas empresas no Brasil. Ao perceber a necessidade de um enfoque global, o trabalho passou a abranger aspectos técnico-econômico-financeiros, institucionais e administrativos das pequenas e médias indústrias nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, com o objetivo de fundamentar uma política nacional de fortalecimento desse extrato produtivo. Por meio de visitas a empresas e órgãos de desenvolvimento e entrevistas com empresários e técnicos, foram levantadas informações sobre financiamento, assistência técnica, mercado, mão de obra, tecnologia e gestão. O relatório apresenta os resultados dessas análises, incluindo o papel do FIPEME, a experiência da SUDENE e do BNB no Nordeste, e as especificidades regionais do Extremo Sul e Sudeste, consolidando-se como um esforço inédito para orientar políticas de investimento e apoio mais eficazes às pequenas e médias indústrias brasileiras.