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  • Livro
    Reestruturação industrial : reflexões sobre autonomia tecnológica e relações econômicas internacionais
    (Ipea, 1989) Instituto de Planejamento Econômico e Social; Instituto de Planejamento Econômico e Social
    Economia e Desenvolvimento 5
    A publicação da CEPAL no Brasil reúne dois ensaios que abordam a importância da autonomia tecnológica como fator estratégico para o desenvolvimento econômico e social dos países democráticos, destacando a necessidade de consenso nacional sobre o progresso tecnológico. Celso Amorim analisa a experiência brasileira na indústria de informática, as pressões internacionais — especialmente dos Estados Unidos — e o papel do Estado na formulação de políticas tecnológicas, comparando com países como Japão, Coreia do Sul e EUA. Já Vivianne Ventura discute a transição entre padrões de crescimento global, da produção em massa para indústrias intensivas em conhecimento, e defende que países como o Brasil devem lutar por maior equidade nas regras do comércio internacional, garantindo o direito de decidir sobre seus próprios recursos e promovendo mudanças que reduzam os desequilíbrios entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.
  • Publicação
    A Infraestrutura da qualidade na nova indústria Brasil : uma estratégia a ser construída
    (Ipea, 2025-04) Borges, Marcos André; Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais - DIRUR; Marcos André Borges
    PPP 69
    A mais recente política industrial brasileira, que recebeu o nome de Nova Indústria Brasil (NIB), foi publicada em junho de 2023. A NIB está organizada em missões que associam objetivos econômicos a objetivos sociais e ambientais, e, para assegurar seu sucesso, pelo menos quatorze instrumentos financeiros e não financeiros foram previstos. Desses instrumentos, destaca-se a infraestrutura da qualidade (IQ), o sistema que compreende as atividades de normalização, avaliação da conformidade, regulamentação técnica e acreditação de organismos de avaliação da conformidade, metrologia e vigilância de mercado, que, integradas na Estratégia Nacional de Infraestrutura da Qualidade (ENIQ), que ainda será proposta pelo governo até o final de 2024, apoiarão as ações da NIB. Este artigo analisa o histórico da IQ no país e seu tratamento nas iniciativas de política industrial a partir dos anos 1990 e busca como os serviços desse sistema foram previstos no Plano de Ação para a Neoindustrialização 2024-2026, que apresenta as principais ações da NIB no período considerado. Conclui-se que ainda não existem ações ou direcionamentos concretos; apenas menções a potenciais contribuições.
  • Publicação
    Instituto Nacional da Propriedade Industrial : gatekeeper da segurança nacional ?
    (Ipea, 2025-04) Silva, Roberto Viana da; Diretoria de Estudos Internacionais - DINTE; Roberto Viana da Silva
    Tempo do Mundo 37
    Este estudo avalia a efetividade do art. 75 da Lei de Propriedade Industrial, no que concerne à identificação pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) de pedidos de patente originários do Brasil para atender às demandas relativas à defesa nacional. Os instrumentos de pesquisa envolvem a análise documental, a coleta de dados e informações em textos normativos, os pedidos de acesso à informação e a consulta de pedidos de patente em base de dados. Os resultados demonstram que o INPI foi capaz de implementar algumas ações, as quais não foram suficientes para o processo de institucionalização, impactando em parte a efetividade da lei na interseção entre patente e defesa nacional. Entre as causas, destacam-se: a não conformidade em relação ao art. 75 da Lei de Propriedade Industrial e ao seu regulamento, as expectativas frustradas de aplicação e implementação, a falta de perspectiva de mobilização na dimensão institucional e a ausência de textos normativos com a definição de regras e procedimentos.
  • Publicação
    Desonerações do imposto sobre produtos industrializados : impactos sobre o mercado de trabalho
    (Ipea, 2018) Geracy, Igor Vinícius de Souza; Carlos Henrique Leite Corseuil; Coordenação de Pós-Graduação e Capacitação - COPGC; Igor Vinícius de Souza Geracy; Paes, Nelson Leitão; Carlos Henrique Leite Corseuil; Fernando Gaiger Silveira
    Mestrado Profissional em Políticas Públicas e Desenvolvimento - Segunda Turma
    Este trabalho realiza uma avaliação de impacto das alterações tributárias do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre o mercado de trabalho no período de 2007 a 2012, quando se fortaleceu o uso das desonerações como política de promoção de crescimento econômico e de desenvolvimento industrial. A avaliação foi realizada para os períodos 2007-2010 e 2010-2012, buscando considerar os distintos contextos macroeconômicos e políticas industriais – Política de Desenvolvimento Produtivo (2008- 2010) e Plano Brasil Maior (2011-2012) – que pautaram as mudanças na tributação. Utilizando a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho, foram investigados os impactos das desonerações do IPI sobre os níveis de emprego e de salários em mais de 200 classes de atividades industriais implicadas pela política, e também sobre os fluxos de admissões e de demissões, buscando uma compreensão ampla da sua influência sobre a dinâmica do mercado de trabalho industrial. Em função das características da política de desonerações, foi adotada uma estratégia de identificação territorial do seu impacto, estimando-se uma variável de carga tributária municipal do imposto em uma amostra de 2,2 mil municípios no período 2007-2010 e de 2,5 mil municípios no período 2010-2012. Para a realização das estimativas, foram adotados os métodos de Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) e Mínimos Quadrados Ponderados (MQP). Os resultados sugerem que a política teve impactos significativos no aumento das admissões em 2007-2010 e na redução das demissões em 2010-2012 nos segmentos industriais investigados, porém não foi efetiva em elevar os níveis de emprego em nenhum dos períodos. Não foram identificados efeitos significativos da política sobre os níveis de salário.
  • Publicação
    Emprego e competitividade no setor automotivo : questões e políticas
    (Ipea, 1998-02) Marinho, Luiz; Diretoria de Estudos e Políticas Sociais - DISOC; Luiz Marinho
    O principal desafio em relação ao setor automotivo no presente momento consiste em formular, uma estratégia que estimule o crescimento econômico, a modernização das empresas e a busca da competitividade internacional de toda a cadeia produtiva, associados ao desenvolvimento social, especialmente à geração de empregos e à distribuição de renda.
  • Publicação
    Emprego e competitividade no setor automotivo : questões e políticas
    (Ipea, 1998-02) Piva, Horacio Lafer; Diretoria de Estudos e Políticas Sociais - DISOC; Horacio Lafer Piva
    No mundo todo a indústria automobilística é uma das principais molas propulsoras das transformações econômicas e produtivas. No Brasil foi uma das primeiras a exemplificar o irreversível processo de globalização e a enfrentar os novos desafios.
  • Publicação
    Avaliação da implementação das políticas industriais do século XXI (PITCE, PDP e PBM) por meio da atuação do BNDES sob a ótica da complexidade econômica
    (Ipea, 2019) Machado, Felipe Augusto; Claudio Roberto Amitrano; Coordenação de Pós-Graduação e Capacitação - COPGC; Felipe Augusto Machado; Mauro Oddo Nogueira; Gala, Paulo Sérgio O. S.; Claudio Roberto Amitrano
    Mestrado Profissional em Políticas Públicas e Desenvolvimento - Terceira Turma
    Este estudo tem como objetivo avaliar a implementação das políticas industriais brasileiras do século XXI (PITCE, PDP e PBM) a partir dos conceitos e instrumentos da Abordagem da Complexidade Econômica. Utilizou como base de dados os desembolsos aprovados pelo BNDES, separados conforme as atividades econômicas que os solicitaram e as políticas industriais que estavam vigentes. Converteu os indicadores da Abordagem da Complexidade Econômica do nível dos produtos para o das atividades econômicas. Ponderou os indicadores pelos montantes dos desembolsos aprovados. O estudo conclui que, se as atividades econômicas contempladas se desenvolvessem na mesma medida dos montantes aprovados, a complexidade econômica do Brasil se reduziria, pois eles estiveram mais voltados para atividades econômicas simples. As políticas industriais tampouco se caracterizaram por buscar a diversificação da estrutura produtiva brasileira, tendo se concentrado em atividades em que o Brasil já possuía conhecimento produtivo e competitividade. Demonstra que, no Brasil, as atividades econômicas mais complexas, e aquelas que demandam conhecimentos produtivos similares aos de outras atividades complexas, tendem a estar situadas a uma longa distância da estrutura produtiva vigente, demandando conhecimentos produtivos distintos dos existentes. Apesar disso, as políticas industriais não se caracterizaram por implementarem maior esforço para desenvolver as atividades distantes, mesmo sendo mais complexas. Essa estratégia de diversificação pode ser considerada conservadora, pois reduz os riscos de insucesso, mas tende a não gerar saltos de complexidade e pode não justificar os desembolsos aprovados, tendo em vista o baixo nível de complexidade das atividades contempladas.
  • Publicação
    Subvenção e apoio técnico como pilares para políticas de fomento à Economia 4.0 em micro e pequenas empresas
    (Ipea, 2021) Stahelin, Maycon David; Claudio Roberto Amitrano; Alexandre de Ávila Gomide; Coordenação de Pós-Graduação e Capacitação - COPGC; Maycon David Stahelin; Fernanda De Negri; Pereira, Ana Karine; Alexandre de Ávila Gomide; Claudio Roberto Amitrano
    Mestrado Profissional em Políticas Públicas e Desenvolvimento - Quarta Turma
    Esta pesquisa tem como objetivo investigar de que forma a oferta de recursos públicos, por meio de subvenção, e o apoio técnico ajudam MPEs a inovar. O estudo aponta inicialmente a falta de recursos, a aversão ao risco da inovação e a baixa qualificação e estrutura técnica das empresas como entraves ao processo de inovação e, portanto, como problemas centrais que demandam o suporte do Estado. Para essa análise, foram realizados estudos de caso de duas políticas públicas. O primeiro, sobre o projeto piloto do programa Brasil Mais Economia 4.0, realizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas em parceria com o Ministério da Economia para acelerar a adoção de tecnologias 4.0 por firmas de pequeno e médio porte. O segundo estudo foi centrado no apoio da Embrapii ao desenvolvimento dessas tecnologias por MPEs, em projetos realizados em parceria com ICTs. Nos dois casos, foram compilados dados do apoio oferecido pelas políticas e dos resultados obtidos pelas empresas. Além disso, foram entrevistados os gestores das instituições executoras e representantes das firmas participantes e de fornecedores das tecnologias. Para a condução dos estudos, foi utilizada a metodologia do process-tracing (rastreamento de processos), que traz ferramentas para analisar de forma aprofundada o mecanismo que conecta as condições causais identificadas ao resultado pretendido, ajudando a compreender de que forma a subvenção e o apoio técnico auxiliam as empresas na adoção e no desenvolvimento das tecnologias da Economia 4.0 e contribuem para que esse processo seja bem sucedido. O estudo concluiu que a subvenção atua inicialmente como uma isca para atrair a atenção das pequenas firmas ao investimento em inovação, principalmente ao compartilhar os custos e consequentemente os riscos do projeto. No entanto, a questão financeira não é a única barreira para inovar e, mesmo com dinheiro disponível, a maior parte das MPEs enfrenta também limitações técnicas. Nesse sentido, o estudo demonstrou que as duas causas atuam de forma complementar para chegar ao resultado: algumas firmas precisam mais da subvenção, outras mais do apoio técnico, mas quase todas necessitam de ambos em algum grau. A análise demonstrou ainda como o efeito demonstração é relevante para remover as barreiras que impedem as MPEs a darem o primeiro passo – depois que perceberem o resultado da inovação adotada ou desenvolvida, a maior parte delas muda a visão e passa a ter interesse em continuar investindo, mesmo que com recursos próprios.
  • Publicação
    Nova Indústria Brasil, Política Nacional do Cuidado e envelhecimento da população : uma análise à luz da economia da longevidade
    (Ipea, 2024-12) Félix, Jorge; Jorge Félix
    O Brasil vive um processo acelerado de envelhecimento da população, uma desindustrialização precoce e uma crise na área do cuidado de longa duração para pessoas idosas com impacto na produtividade. A partir da perspectiva da geopolítica do envelhecimento, esse quadro, embora desafiador, traz também oportunidades de reindustrialização. O objetivo do artigo é avaliar e explorar a capacidade de interação da Nova Indústria Brasil (NIB), lançada em 2024, com outras políticas públicas no campo do envelhecimento populacional, em particular com a Política Nacional de Cuidado (Lei no 15.069/2024). Com metodologia de análise documental, são investigados pontos de convergência e divergência e apresentados modelos internacionais passíveis de serem emulados ou adaptados pelo Brasil. Conclui-se que seria um aprimoramento da NIB a inclusão da visão da economia da longevidade em suas missões.
  • Publicação
    Do México ao Paraguai : a difusão do modelo maquilador como estratégia de desenvolvimento econômico
    (Ipea, 2024-12) Silva, Vinícius Figueiredo; Vinícius Figueiredo Silva
    Este artigo aborda o papel das maquilas como estratégia de desenvolvimento econômico no Paraguai, contextualizando sua implementação a partir da influência do modelo originalmente desenvolvido no México, país pioneiro na adoção desse arranjo produtivo. A experiência mexicana é apresentada como referência inicial, sendo seguida pela análise da Lei Maquila paraguaia, promulgada na década de 1990, que instituiu incentivos fiscais com o objetivo de atrair investimentos estrangeiros e promover a geração de empregos. O estudo examina, ainda, os requisitos legais para a instalação de maquilas, os benefícios concedidos, as obrigações relativas ao emprego e às exportações, bem como a forma como essas diretrizes se manifestam na dinâmica econômica e nas condições de trabalho no país, contribuindo para a reprodução de desigualdades estruturais.
  • Publicação
    El Papel de las maquiladoras en el desarrollo de Paraguay : impactos, oportunidades y desafíos
    (Ipea, 2024-12) Zardo, Luiz Marcelo Michelon; Baldrighi, Rafael de Moraes; Luiz Marcelo Michelon Zardo; Rafael de Moraes Baldrighi
    El régimen de maquilas en Paraguay se ha consolidado como uno de los principales motores de las exportaciones industriales del país. Desde su regulación por el Decreto no 9.585/2000, las maquilas han crecido significativamente, representando en 2023 el 67% de sus exportaciones manufacturadas. Paraguay sigue una trayectoria similar a la de otras experiencias maquiladoras, como la de México y países asiáticos, combinando incentivos fiscales, mano de obra accesible y proximidad a grandes mercados consumidores. En este contexto, el presente artículo analiza la evolución de las maquilas paraguayas, sus impactos en la economía nacional, así como desafíos y oportunidades futuras. La investigación se basa en documentos legales, informes oficiales y pronunciamientos de autoridades paraguayas. Las principales conclusiones indican que el régimen maquilador ha jugado un papel importante en la industrialización y fortalecimiento del mercado laboral formal en las últimas dos décadas, con un énfasis particular durante el gobierno de Cartes (2013-2018). Sin embargo, además del bajo nivel de intensidad tecnológica, la concentración geográfica en las regiones fronterizas y la excesiva dependencia de los mercados mercosureños, uno de los grandes desafíos a superar es que la atractividad del régimen aún está fuertemente anclada en diferenciales de costos y fiscales, y no en bases más sólidas y a largo plazo. Finalmente, en cuanto a la constitución de ventajas competitivas duraderas, se señaló la necesidad de ampliar la participación de Paraguay en cadenas de producción extraregionales y impulsar su integración con los países vecinos a través de proyectos como el Corredor Vial Bioceánico.
  • Publicação
    O Complexo industrial-digital : inserção do Brasil no ecossistema sino-estadunidense
    (Ipea, 2024-12) Pecequilo, Cristina Soreanu; Marzinotto Junior, Francisco Luiz; Cristina Soreanu Pecequilo; Francisco Luiz Marzinotto Junior
    A economia digital é dividida em três camadas constituídas por aspectos materiais, virtuais e setores econômicos tradicionais. Cada dimensão possui uma rede de atores envolvidos na cadeia de suprimentos, que neste artigo chamamos de complexo industrial-digital. Os Estados Unidos e a China se destacam como os dois principais polos de inovação antagônicos no século XXI, possuindo empresas e infraestruturas robustas que sustentam seus ecossistemas digitais, cujas relações combinam cooperação e competição em diferentes momentos e setores. O Brasil, embora tenha tentado construir um complexo industrial-digital nacional desde os anos 1960, enfrenta desafios para se posicionar de maneira competitiva. O objetivo deste trabalho é analisar a inserção do Brasil no ecossistema sino-estadunidense e mapear os principais agentes do complexo industrial-digital brasileiro. Utiliza-se como método a construção de um quadro analítico embasado na categorização das camadas materiais e virtuais do complexo industrial-digital, a fim de identificar os pontos fracos e fortes do país em cada segmento. Conclui-se que, apesar de o Brasil ter uma boa inserção em setores digitais, possui uma carência significativa nas capacidades materiais e no desenvolvimento de tecnologias habilitadoras estratégicas. O país deve implementar uma política direcionada ao fortalecimento das áreas mais fragilizadas, investir em tecnologias críticas e estabelecer parcerias estratégicas que promovam a transferência de conhecimento e inovação, integrando governos, academia e setor privado para impulsionar o desenvolvimento de um complexo industrial-digital brasileiro autônomo competitivo.
  • Publicação
    A Integração entre a Argentina e o Brasil no setor de gás natural : diplomacia, neoindustrialização e segurança energética
    (Ipea, 2024-12) Bitelli, Julio Glinternick; Teixeira, Igor Goulart; Julio Glinternick Bitelli; Igor Goulart Teixeira
    Ao redor do mundo, o consumo e a produção de gás natural têm aumentado em ritmo constante nas últimas décadas. A América do Sul é parte dessa tendência e registrou, na segunda metade do século XX, a consolidação de um mercado regional de gás. A partir da Bolívia, fluíram por gasodutos moléculas que abasteceram as maiores economias da região: Argentina e Brasil. No século XXI, contudo, a tendência de queda da produção boliviana associou-se ao descobrimento e à paulatina exploração da reserva de Vaca Muerta na Argentina, a segunda maior de gás não convencional do mundo. A reconfiguração do tabuleiro de gás sul-americano, assim, deriva da complementaridade entre a Argentina, que detém os recursos energéticos, e o Brasil, que demanda esses recursos tanto para impulsionar sua neoindustrialização quanto para abastecer suas termelétricas. O nexo entre as indústrias brasileiras e a integração energética é direto. Em uma das possibilidades de escoamento, a Bolívia apresenta-se como ponto estratégico de circulação do hidrocarboneto, tendo em vista a malha de gasodutos já existente e sua capacidade ociosa. A própria América do Sul oferece inspirador precedente de integração energética em prol do aprofundamento das relações bilaterais entre países vizinhos e do desenvolvimento: a parceria entre Brasil e Paraguai na construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
  • Publicação
    Mais Produção Plan, powershoring and comparative advantages : financing strategies for Brazil’s green industrial policy
    (Ipea, 2024-12) Leotti, Camila; Camila Leotti
    This paper analyzes how BNDES financing through the Mais Produção Plan (P+P) contributes to diversifying and increasing the complexity of Brazilian industry. It also investigates the powershoring strategy as a green industrialization approach for Brazil, leveraging the country’s renewable energy matrix. Through a comparative analysis of the sectors funded by BNDES and Brazil’s export profile using economic complexity indicators (Product Complexity Index, Opportunity Gain, and Revealed Comparative Advantage), the study assesses the effectiveness of P+P in promoting strategic sectors. The results show that BNDES has targeted investments toward more complex sectors, such as machinery, chemicals, and electronics, but still allocates a significant share to the lower-complexity agricultural sector. The study concludes that incorporating the powershoring strategy into BNDES’s portfolio could enhance Brazil’s industrial competitiveness by utilizing renewable energy to attract investments and promote the transition to a low-carbon economy.
  • Publicação
    Industrial policy in production networks : which sectors to promote in Brazil ?
    (Ipea, 2024-12) Thiago Sevilhano Martinez; Orrillo, Miguel; Thiago Sevilhano Martinez; Miguel Orrillo
    This paper presents the theoretical framework developed by Liu (2019) for analyzing the impacts of industrial policy, with applications to South Korea, China, and Brazil. Using a general equilibrium model that incorporates market imperfections and input-output linkages, Liu (2019) demonstrates the existence of a synthetic measure – distortion centrality – related to a sector’s position within the production network. This measure indicates: a) which sectors should receive targeted subsidies; and b) the optimal priority ranking among them. We discuss Liu’s (2019) main findings when applying this framework to assess industrial policies in South Korea during the 1970s and in modern-day China. The results show a strong correlation between the sectors prioritized in these historical experiences and the ranking recommended by the theory. As an original empirical application, we compute the sectoral ranking for Brazil in 2019, identifying the industries that, according to this framework, should be prioritized for government support. The key findings are: i) industrial sectors dominate among those classified as high-priority, but some industries fall outside the group recommended for subsidies; ii) in the service sectors, there are both intermediate-priority sectors and those for which government support is not advised; and iii) agricultural sectors are within the eligible range for support but rank at the lower end of the priority scale.
  • Publicação
    Neoindustrialização : uma análise comparativa entre Austrália, Reino Unido e Brasil
    (Ipea, 2024-12) Moraes, Isaías Albertin de; Isaías Albertin de Moraes
    O artigo analisa comparativamente as políticas de neoindustrialização na Austrália, no Reino Unido e no Brasil, países que enfrentaram distintos padrões de desindustrialização: híbrido, convencional e prematuro ou negativo, respectivamente. Na Austrália, destacam-se programas como o National Innovation and Science Agenda (Nisa) e a Modern Manufacturing Strategy (MMS); no Reino Unido, a Industrial Strategy e o Plan for Growth; e, no Brasil, o Plano Nova Indústria Brasil (NIB). A pesquisa adota uma abordagem comparativa intercasos com seleção por variedade máxima, combinando análise documental, revisão bibliográfica e dados qualitativos e quantitativos extraídos de fontes primárias e secundárias. A hipótese central é que, apesar das diferenças estruturais e institucionais, os três países vêm promovendo políticas industriais ativas com vistas à reconstrução de sua base produtiva. O estudo sustenta que a ampliação, a integração e a sofisticação da estrutura produtiva são elementos estratégicos para o desenvolvimento econômico, capazes de gerar empregos qualificados, fortalecer o mercado interno e impulsionar a inovação. Conclui-se que a neoindustrialização, longe de ser um debate superado, constitui uma resposta concreta às crises contemporâneas – como a pandemia, a emergência climática e as guerras comerciais –, e que o Estado desempenha papel decisivo nesse processo, sobretudo ao articular investimentos, coordenar políticas e induzir transformações estruturais. Trata-se, portanto, de um projeto político, e não de um desdobramento espontâneo do mercado.
  • Publicação
    Transformação produtiva e Nova Indústria Brasil (NIB)
    (Ipea, 2024-12) Feijó, Carmem; Carmem Feijó
    O objetivo deste artigo é argumentar que a reindustrialização da economia brasileira é necessária tanto para a economia recuperar a capacidade de crescer de forma robusta como também para enfrentar a transição climática. A perspectiva analítica desenvolvida é a de que a principal causa do fraco desempenho da economia brasileira nas últimas décadas é a sua incapacidade de combinar eficientemente a política macroeconômica de curto prazo com políticas industriais e tecnológicas de longo prazo que permitiriam ao país continuar seu processo de industrialização, e no contexto da transição climática, em direção à descarbonização e à preservação ambiental. Essa incapacidade está relacionada ao espaço limitado de política para a implementação de políticas estruturantes de caráter desenvolvimentista.
  • Publicação
    O Processo de formulação da Nova Indústria Brasil (NIB) : política orientada por missões e participação social no desenho do Plano de Ação da NIB
    (Ipea, 2024-12) Hitner, Verena; Castro, Aline Contti; Verena Hitner; Aline Contti Castro
    O objetivo geral do presente trabalho é analisar o processo de formulação do Plano de Ação da Nova Indústria Brasil (NIB), em especial a metodologia utilizada nessa construção e o processo de participação. Procura-se responder às seguintes perguntas: de que forma a metodologia da política orientada por missões direcionou o processo de construção do Plano de Ação da NIB? Como se deu o processo de participação na construção deste plano? Em termos metodológicos, trata-se de um estudo de caso que envolve também pesquisa bibliográfica, análise documental e observação participante. Destacam-se dois principais argumentos do trabalho. O primeiro é que o estabelecimento das seis missões de desenvolvimento industrial, com seus princípios e objetivos formalizados por meio de uma resolução específica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), constituiu-se num importante instrumento para a construção de consensos em torno do entendimento de que a política industrial está associada a objetivos sociais centrais do país. O segundo é que o desenho do Plano de Ação da NIB, elaborado com base nas premissas da política orientada por missões, se formou como um documento abrangente, resultado de um processo de construção coletiva entre o governo federal e a sociedade civil, o que fortaleceu a legitimidade dessa política, conforme evidenciado pelo apoio de diversas instituições sociais, empresariais e trabalhistas à NIB. Nesse sentido, o Plano de Ação da NIB se constituiu como o novo modelo possível de desenvolvimento industrial do país.
  • Publicação
    A Nova política industrial brasileira e seu alinhamento às tendências globais
    (Ipea, 2024-12) Araújo, Caroline Giusti de; Nonato, Vinícius Luís de Souza; Felizardo, Rafael Grilli; Caroline Giusti de Araújo; Vinícius Luís de Souza Nonato; Rafael Grilli Felizardo
    Este artigo analisa o ressurgimento do debate em torno da política industrial em âmbito global e sua influência na decisão do Brasil de retomar o planejamento econômico de longo prazo. As mudanças no contexto político com a crise sanitária e climática e o acirramento das tensões geopolíticas estimularam as principais economias mundiais – como Estados Unidos, Alemanha e China – a fortalecer estratégias industriais para impulsionar a inovação, a produtividade, o crescimento e a transição ecológica. Essa tendência internacional levou o Brasil a reconsiderar sua agenda de desenvolvimento, especialmente diante dos desafios impostos pela desindustrialização, que atrasou o país no catching up. Nesse cenário foi lançada a Nova Indústria Brasil (NIB), que está apoiando e direcionando os investimentos privados para a neoindustrialização, mas que ainda enfrenta desafios relacionados à governança e ao Custo Brasil.
  • Publicação
    Apresentação : o tempo da política industrial no mundo
    (Ipea, 2024-12) Freddo, Daniela; Roventini, Andrea; Pedro Silva Barros; Daniela Freddo; Andrea Roventini; Pedro Silva Barros
    A edição nº 36 da Revista Tempo do Mundo reúne 17 artigos que exploram a retomada da política industrial como instrumento estratégico para o desenvolvimento econômico e social no Brasil e no mundo, destacando a Nova Indústria Brasil (NIB) como resposta aos desafios da desindustrialização, transição energética e desigualdades estruturais. A publicação analisa experiências internacionais, como as dos EUA, China, Europa e Austrália, e propõe abordagens orientadas por missões, com forte participação social e coordenação estatal. Os textos abordam temas como inovação, integração regional, envelhecimento populacional, indústria extrativa e digital, além de políticas públicas voltadas à sustentabilidade, inclusão e soberania tecnológica.
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