Publicação:
Doenças transmissíveis e situação socioeconômica no Brasil : análise espacial

dc.contributor.authorGarcia, Leila Posenato
dc.contributor.authorSilva, Gabriela Drummond Marques da
dc.coverage.spatialBrasilpt_BR
dc.coverage.temporal2009-2011pt_BR
dc.date.accessioned2017-01-03T14:28:19Z
dc.date.available2017-01-03T14:28:19Z
dc.date.issued2016-12
dc.date.portal2016-12
dc.description.abstractAs doenças transmissíveis relacionadas à pobreza afetam desproporcionalmente pessoas que vivem em comunidades pobres ou marginalizadas. A pobreza cria condições que favorecem a disseminação de doenças transmissíveis e impede que as pessoas afetadas obtenham acesso adequado à prevenção e à assistência. O uso dos determinantes sociais como fatores analíticos privilegiados permite a identificação de padrões de agregação geográfica e sobreposição espacial das doenças transmissíveis. O presente estudo tem como objetivo descrever a distribuição espacial dos indicadores epidemiológicos das doenças transmissíveis relacionadas à pobreza nos municípios brasileiros, visando demarcar áreas geográficas com concentração de morbidades e condições socioeconômicas precárias para o direcionamento de ações integradas de políticas públicas de saúde e sociais. Trata-se de estudo ecológico descritivo com abordagem espacial, tendo como unidades de análise os municípios brasileiros. A partir de dados dos sistemas de informação do Ministério da Saúde (MS) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram calculados indicadores de incidência das seguintes doenças transmissíveis relacionadas à pobreza, segundo sua relevância para a saúde pública e disponibilidade de dados: tuberculose, hanseníase, leishmaniose tegumentar, leishmaniose visceral e malária. No triênio 20092011, no Brasil, foram notificados 217.274 casos novos de tuberculose, 109.283 casos novos de hanseníase, 66.510 casos novos de leishmaniose tegumentar, 10.194 casos novos de leishmaniose visceral, e na região da Amazônia Legal, 936.006 casos novos de malária. Um grande volume destes casos concentrou-se em reduzida parcela de municípios. Para tuberculose, hanseníase e leishmaniose tegumentar, em torno de 10% dos municípios brasileiros concentraram 80% dos casos novos de cada uma dessas doenças. Para a leishmaniose visceral, 6% dos municípios concentraram 80% dos casos novos da doença. Municípios com maiores taxas de urbanização tiveram maior ocorrência de tuberculose, enquanto aqueles com maiores proporções de domicílios com condições de saneamento inadequadas tiveram maior ocorrência de leishmaniose tegumentar e visceral e também de hanseníase. Observou-se, ainda, que a ocorrência destas doenças foi maior nos municípios mais pobres, mais desiguais e com maior aglomeração domiciliar. Os resultados deste estudo reforçam a persistência de diversas doenças transmissíveis relacionadas à pobreza e a sua distribuição desigual no território nacional. Evidencia-se a necessidade da continuidade dos investimentos e esforços para o enfrentamento destas doenças, levando em consideração seu padrão de distribuição espacial, a sobreposição geográfica entre diferentes morbidades e com características socioeconômicas precárias, assim como outras políticas públicas que abordem os determinantes sociais da saúde.pt_BR
dc.description.abstractalternativeInfectious diseases of poverty disproportionately affect people living in poor and marginalized communities. Poverty creates conditions that favor the spread of communicable diseases and prevents the affected people from obtaining adequate access to prevention and care. The use of social determinants as key analytical factors allows the identification of geographic aggregation patterns and spatial overlap of communicable diseases. This study objective is to describe the spatial distribution of epidemiological indicators of infectious diseases of poverty in Brazilian municipalities aiming to demarcate geographical areas of disease concentration and poor socioeconomic conditions for directing integrated public health and social policies. We conducted a descriptive ecological study with spatial approach, in which the Brazilian municipalities were the units of analysis. We used data from the information systems of the Brazilian Ministry of Health and the Brazilian Institute of Geography and Statistics to calculate incidence indicators of the following infectious diseases of poverty, according to their relevance to public health and availability of data: tuberculosis, leprosy, cutaneous leishmaniasis, visceral leishmaniasis and malaria. In the period 2009-2011 were reported in Brazil, 217,274 new cases of tuberculosis, 109,283 new cases of leprosy, 66,510 new cases of cutaneous leishmaniasis, 10,194 new cases of visceral leishmaniasis and, in the Legal Amazon region, 936,006 new cases of malaria. A large volume of these cases focused on a small portion of municipalities. Around 10% of Brazilian municipalities concentrated 80% of new cases of tuberculosis, leprosy and cutaneous leishmaniasis, diseases. For visceral leishmaniasis, 6% of municipalities concentrated 80% of new cases of the disease. Municipalities with the highest rates of urbanization had higher incidence of tuberculosis, while those with higher proportions of households with inadequate sanitation conditions had higher incidence of cutaneous and visceral leishmaniasis and leprosy also. Furthermore, the occurrence of these diseases was higher in the municipalities with higher poverty rate, higher inequality and more household crowding. The results of this study reinforce the persistence of various infectious diseases of poverty and its unequal distribution in the Brazilian territory. The study results emphasize the need of continuing investments and efforts to tackle these diseases, taking into account their pattern of spatial distribution, the geographical overlap between different diseases and between these and poor socioeconomic conditions, as well as other public policies that address the social determinants of health.pt_BR
dc.description.other48 p. : il.pt_BR
dc.description.otherSérie monográfica: Texto para Discussão ; 2263pt_BR
dc.description.otherPossui referências bibliográficaspt_BR
dc.identifier.urihttp://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/7364
dc.language.isoporpt_BR
dc.location.countryBRpt_BR
dc.publisherInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)pt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.rights.holderInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)pt_BR
dc.rights.licenseÉ permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.pt_BR
dc.rights.typeLicença Comumpt_BR
dc.subject.keywordDoenças transmissíveispt_BR
dc.subject.keywordDoenças negligenciadaspt_BR
dc.subject.keywordIndicadores básicos de saúdept_BR
dc.subject.keywordIndicadores sociaispt_BR
dc.subject.keywordEstudos ecológicospt_BR
dc.subject.vcipeaTransmissão de Doençaspt_BR
dc.subject.vcipeaIndicadores de Saúdept_BR
dc.subject.vcipeaAnálise Espacialpt_BR
dc.titleDoenças transmissíveis e situação socioeconômica no Brasil : análise espacialpt_BR
dc.title.alternativeTexto para Discussão (TD) 2263 : Doenças transmissíveis e situação socioeconômica no Brasil : análise espacialpt_BR
dc.typeWorking paperpt_BR
dspace.entity.typePublication
ipea.classificationDesenvolvimento Socialpt_BR
ipea.classificationSaúdept_BR

Arquivos

Pacote Original

Agora exibindo 1 - 2 de 2
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
td_2263.pdf
Tamanho:
3.59 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
td_2263_sumex.pdf
Tamanho:
353.03 KB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
REPOSITÓRIO DO CONHECIMENTO DO IPEA
Redes sociais