Publicação:
A Remodelação da política social do Benefício de Prestação Continuada pelo Judiciário

Carregando...
Imagem de Miniatura

Paginação

58

Primeira página

Última página

Data

item.page.date.journal

Data da Série

Data do evento

Data

Data de defesa

2016-05-24

Data

Edição

Idioma

por

Cobertura espacial

Brasil

Cobertura temporal

País

BR

organization.page.location.country

Tipo de evento

Tipo

Grau Acadêmico

Mestrado

ISBN

ISSN

DOI

dARK

item.page.project.ID

item.page.project.productID

Detentor dos direitos autorais

Instituto de Pequisa Econômica Aplicada (Ipea)

Acesso à informação

Acesso Aberto

Termos de uso

É permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.

Titulo alternativo

item.page.organization.alternative

Variações no nome completo

Editor(a)

Organizador(a)

Coordenador(a)

item.page.organization.manager

Outras autorias

Coordenação de Pós-Graduação e Capacitação - COPGC

Palestrante/Mediador(a)/Debatedor(a)

Coodenador do Projeto

Resumo

Em decorrência dos movimentos organizados, a Constituição de 1988 previu uma série de direitos sociais em seu texto. Dentre eles, o Benefício de Prestação Continuada – BPC, no valor de um salário-mínimo aos idosos e deficientes que não tivessem condições de se manter ou serem mantidos por sua família, independentemente de qualquer contribuição ao Estado. A sua regulamentação, cinco anos depois, foi feita pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, que especificou os conceitos fundamentais, possibilitando a sua aplicação. As definições de idoso, deficiente, família e insuficiência de meios já foram alteradas diversas vezes, não apenas pelo legislativo, como pelo executivo e pelo judiciário, este último com o pretexto de alinhamento, ou não, das especificações com outros princípios e disposições da Constituição e de outras leis que versam sobre a Assistência Social. O redesenho é sempre no sentido de abarcar mais destinatários do que os originalmente legitimados, ampliando as hipóteses de deferimento, de forma que o quantitativo de beneficiários cresceu 12 vezes de 1996 a 2014. O Judiciário, aproveitando a crise pela qual os Poderes Legislativo e o Executivo têm passado, assumiu o protagonismo no cenário político nacional e, no caso específico, tem sido responsável direto por esse crescimento. Ao analisar caso a caso as ações individuais, de forma complacente e sem observar as consequências sistêmicas para a proteção social, foi, em 2014, motivador de 17% dos benefícios concedidos, apesar do prévio indeferimento administrativo dessas solicitações. No entanto, sua participação no aumento do número de beneficiários vai muito além das concessões decorrentes de decisão judicial stricto sensu, pois ao reinterpretar a norma casuisticamente em milhares de processos acaba por desbalancear a política nacional, forçando os demais poderes a se adaptarem. Dessa forma, surgem normas a reboque da jurisprudência, sempre no intuito de resgatar um modelo sistemático e operacional que possa atender os cidadãos de forma isonômica. Apesar da origem da demanda estar focada na busca pela igualdade, dado o limite dos recursos públicos disponíveis, o que se verifica é um prejuízo na agenda política e financeira do Estado e usurpação ilegítima do direito de escolha dos Poderes Legislativo e o Executivo, sem que sejam analisadas tecnicamente as possibilidades reais de execução das políticas de natureza programática, que exigem um planejamento econômico e social.

Resumo traduzido

Due to organized civil movements, the Brazilian Constitution of 1988 provided for a series of civil rights. Among them, the benefit of continuing provision of a minimum wage to the elderly and to the disabled that could not provide for themselves, or by their families, irrespective of any contribution from the State. The regulation of the Constitution, five years later, was carried out by the Organic Law on Social Assistance (Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS), which specified the fundamental concepts for its application. The definition of the terms “elderly”, “disabled”, “family” and “insufficiency of means” have been changed several times in the legislation, not only by the Legislative Branch, but also by the Executive and the Judiciary – the latter, on the pretext of alignment, or not, with specifications regarding other principles and Constitutional dispositions as well as acts related to social assistance. The shift has always been in an attempt to broaden the scope of beneficiaries, which had an increase of 12 times from 1996 to 2014. The Judicial Branch, taking chances after the crisis in which The Legislative and the Executive Branches have been immersed, has been in the center of the nation’s political scene and, therefore, can be held responsible for the above mentioned growth. By analyzing case by case of the individual actions – in a complacent way and disregarding the systemic consequences in regards to social protection – the Judiciary was, during the year of 2014, the primary driver of the 17% provided benefits, despite prior nonacceptance of administrative requests. Nonetheless, the Judiciary’s participation in the growth of the number of beneficiaries goes far beyond the concessions resulting from stricto sensu decisions, as by casuistically reinterpreting the law in thousands of cases, it ultimately leads to an imbalance in politics, forcing the other two Branches to adapt. Thus, new laws emerge from that recent jurisprudence. Although the demand comes from the quest for equality, given the limits of the available public resources, it ends up harming the State’s political and financial agenda. It also leads to the illegitimate usurpation of the right to rule of the Legislative and Executive Branches, as the real possibilities in policy implementation – especially the ones that are programmatic in nature – cannot be technically analyzed, despite they demand economic and social planning.

organization.page.description

Sobre o pesquisador

Endereço de Email

ORCID

Lattes

Google Scholar ID

Web of Science ResearcherID

Scopus ID

Informações sobre o projeto

project.page.project.productdescription

Vocabulário Controlado do Ipea

Palavras-chave traduzidas

JEL

Citação

VENTURINI, Adriana Maia. A Remodelação da política social do Benefício de Prestação Continuada pelo Judiciário. 2016. 58 f. Dissertação (Mestrado em Políticas Públicas e Desenvolvimento) – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Brasília, 2016.

Aviso

Notas

Versão preliminar

item.page.relation.isreplacedby

Faz parte da série

Publicações relacionadas / semelhantes

organization.page.relation.references

Livros

Publicações

Faz parte da série

Serie
Mestrado Profissional em Políticas Públicas e Desenvolvimento
(Ipea)
Essa série reúne todas as dissertações defendidas no âmbito do Programa de Pós-graduação Profissional stricto sensu em Políticas Públicas e Desenvolvimento, do Ipea. Esse programa tem o objetivo de Capacitar servidoras/es da Administração Pública para formular, implementar e avaliar políticas públicas com base em conhecimento interdisciplinar atualizado, municiando-os com conceitos e instrumental analítico adequado para o exercício da prática profissional altamente qualificada.

Fascículos

Eventos relacionados

Volumes

Projetos de Pesquisa

REPOSITÓRIO DO CONHECIMENTO DO IPEA
Redes sociais