Desenvolvimento Regional
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/17404
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Publicação Estimation of the Brazilian consumer demand system(Ipea, 2006) Asano, Seki; Fiúza, Eduardo P. S.; Seki Asano; Eduardo P. S. FiúzaApresenta uma estimativa abrangente do sistema de demanda do consumidor brasileiro, utilizando dados das Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF) de 1987/88 e 1995/96. Os autores aplicam o modelo econométrico Almost Ideal Demand System (AIDS), em sua forma não linear, para sete categorias de consumo: alimentação, habitação, mobiliário e eletrodomésticos, vestuário, transporte e comunicação, saúde e cuidados pessoais, e despesas pessoais, educação e leitura. A análise incorpora variações regionais e temporais de preços, além de fatores demográficos como escolaridade, idade e tamanho da família. Os resultados mostram que alimentação e habitação são bens de necessidade, enquanto os demais são considerados bens de luxo. As elasticidades de preço e renda estimadas são consistentes com a teoria microeconômica e revelam estabilidade nos padrões de consumo, mesmo em períodos de alta inflação. O estudo fornece subsídios para políticas públicas, como tributação de bens de consumo e subsídios a famílias de baixa renda.Publicação O Consumo alimentar dos brasileiros metropolitanos(Ipea, 2006) Bertasso, Beatriz Freire; Beatriz Freire BertassoInvestiga os padrões de consumo alimentar dos brasileiros residentes em regiões metropolitanas, com base nos dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 1995–1996. A autora analisa como variáveis socioeconômicas — como renda, idade, tamanho da família, organização familiar e presença de mulheres que trabalham — influenciam o consumo de alimentos classificados como tradicionais (cereais, leguminosas, alimentos frescos, leite e derivados) e modernos (refrigerantes, enlatados, alimentos preparados e refeições fora do domicílio). Utilizando modelos econométricos com correção para censura amostral (Heckman), o estudo revela que a renda continua sendo um forte determinante do consumo alimentar, especialmente fora do domicílio. Também se observa que famílias menores tendem a apresentar menor eficiência no consumo, e que jovens e famílias com mulheres que trabalham privilegiam alimentos modernos e práticos. O capítulo conclui que mudanças demográficas e sociais estão moldando os hábitos alimentares, com implicações importantes para políticas públicas de saúde e nutrição.Publicação Tipologia socioeconômica das famílias das grandes regiões urbanas brasileiras e seu perfil de gastos(Ipea, 2006) Bertasso, Beatriz Freire; Magalhães, Luís Carlos G. de; Fernando Gaiger Silveira; Beatriz Freire Bertasso; Fernando Gaiger Silveira; Luís Carlos G. de MagalhãesPropõe uma tipologia socioeconômica das famílias residentes nas grandes regiões urbanas brasileiras, com base nos dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 1995–1996. Utilizando análise fatorial e métodos de agrupamento, os autores identificam dez grupos familiares distintos, considerando variáveis como renda, composição etária, escolaridade do chefe de família, padrão alimentar e estrutura de moradia. A análise revela que o perfil de gastos está fortemente associado à idade, tamanho da família e nível de renda, influenciando desde o consumo de alimentos até despesas com saúde, educação e transporte. O estudo destaca a importância de políticas públicas que considerem essas especificidades para promover maior equidade e eficiência na alocação de recursos sociais.Publicação A COP30 e a construção de um novo modelo de desenvolvimento regional sustentável para a Amazônia(Ipea, 2025-11) Sérgio Felipe Melo da Silva; Júlia Benfica Senra; Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais - DIRUR; Sérgio Felipe Melo da Silva; Claudia de Oliveira Faria Salema; Júlia Benfica SenraBRUA 35A realização de um evento da magnitude da 30a edição da Conferência das Partes (COP30), Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, fornece uma oportunidade ímpar para discussões e endereçamentos diversos sobre o tema do desenvolvimento regional amazônico. Assim, o objetivo deste trabalho é elencar elementos de discussão sobre um novo modelo de desenvolvimento regional para a Amazônia, a partir de temas que a COP30 suscita, bem como tópicos que vêm sendo debatidos ao longo dos anos sobre a trajetória de desenvolvimento da região amazônica. Apontamos a necessidade de um modelo de desenvolvimento que permita a melhoria da estrutura produtiva regional, hoje com uma possibilidade de maior proximidade de consenso, que é a bioeconomia ou seus conceitos correlatos. Destacamos ainda que a COP30 pode ser um evento moldador da construção de um amplo pacto sobre o desenvolvimento regional amazônico, ilustrando, entre outros aspectos, a noção de missões apresentada por Mariana Mazzucato, como uma perspectiva a ser considerada nesta discussão.Publicação Desafios da gestão e governança ambiental no Brasil : o Programa União com Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazônia(Ipea, 2025-11) Gesmar Rosa dos Santos; Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais - DIRUR; Dryelli Jales Costa; Gesmar Rosa dos SantosBRUA 35Este ensaio apresenta o estágio de institucionalização da gestão e governança ambiental nos municípios abrangidos pelo Programa União com Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazônia (UcM), que objetiva combater o desmatamento e os incêndios nos biomas Amazônia e Cerrado. Os municípios do programa concentraram 78% da área desmatada no Brasil, entre 2021 e 2022. O ensaio verifica a existência de infraestrutura, capacitação e financiamento ambiental municipal, a partir de dados oficiais.Publicação Crédito rural e desmatamento : novas evidências usando as informações do MapBiomas(Ipea, 2025-11) Regina Helena Rosa Sambuichi; Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais - DIRUR; Lauana Rossetto Lazaretti; Regina Helena Rosa SambuichiBRUA 35Este artigo investiga a evolução do crédito rural e sua relação com o desmatamento no Brasil entre 2019 e 2024. Utilizando dados do Monitor do Crédito Rural da plataforma MapBiomas, foram analisadas operações de financiamento em glebas com alertas de desmatamento, desagregadas por regiões e estados. O estudo revelou que, embora o volume total de crédito rural tenha crescido entre 2019 e 2024, a participação de financiamentos em áreas desmatadas apresentou uma tendência de redução, com quedas mais expressivas a partir de 2021, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, onde os índices de desmatamento ainda são mais elevados. Os resultados indicam que as ações adotadas para desvincular o crédito do desmatamento já começam a apresentar resultados positivos, recomendando-se que sejam expandidas e aprimoradas.Publicação Governança da drenagem urbana e resiliência climática : desafios institucionais e experiências subnacionais no Brasil(Ipea, 2025-11) Kuwahara, Mônica Yukie; Cattani, Yan Nonato; Silva, Rafael Igrejas da; Maia, Joyce de Souza Zanirato; Góes, Geraldo Sandoval; Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais - DIRUR; Mônica Yukie Kuwahara; Yan Nonato Cattani; Rafael Igrejas da Silva; Joyce de Souza Zanirato Maia; Geraldo Sandoval GóesBRUA 35Este estudo descreve os principais desafios das políticas de drenagem urbana e experiências subnacionais relacionadas às mudanças do clima. O tema é estratégico para a resiliência climática, especialmente em territórios vulneráveis. Destacam-se dificuldades em implementar medidas estruturantes, como a coordenação entre normas de planejamento, gestão e regulação dos serviços.Publicação Segregação urbana e crise climática : um ensaio a partir do caso de São Paulo(Ipea, 2025-11) Nogueira, Alexandre; França, Danilo Sales do Nascimento; Santos, Djacinto Monteiro dos; Luis-Alves, Evandro; Almeida, Thiago Cordeiro; Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais - DIRUR; Thor Saad Ribeiro; Alexandre Nogueira; Danilo Sales do Nascimento França; Djacinto Monteiro dos Santos; Evandro Luis-Alves; Thiago Cordeiro AlmeidaBRUA 35Este artigo examina a relação entre segregação urbana e vulnerabilidade climática nas cidades brasileiras. Argumentamos que a segregação urbana – tanto de classe quanto racial – é um fator determinante para a forma das cidades no Brasil, e está intrinsecamente associada à distribuição desigual de serviços, infraestruturas e exposição a riscos ambientais. Populações negras e de baixa renda se concentram em territórios com risco de eventos climáticos extremos, resultado de processos históricos de expansão urbana desordenada e políticas públicas que promoveram a periferização e o espraiamento urbano. Como alternativa, propõem-se políticas de desenvolvimento urbano que busquem deliberadamente reduzir a segregação, incluindo instrumentos de locação social e de diversificação populacional dos territórios, inspirados em experiências internacionais. Conclui-se que políticas efetivas de adaptação às mudanças climáticas devem necessariamente incorporar estratégias de redução da segregação urbana.Publicação Apresentação : Boletim Regional, Urbano e Ambiental (BRUA) : n. 35, nov. 2025 : Edição Especial COP 30(Ipea, 2025-11) Roma, Júlio César; Luedemann, Gustavo Alves; Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais - DIRUR; Júlio César Roma; Gustavo Alves LuedemannBRUA 35A edição especial do Boletim Regional, Urbano e Ambiental celebra a realização da COP30 em Belém, Pará, em 2025 — a primeira vez que o Brasil sedia o evento — marcando o retorno do país ao protagonismo ambiental global. Trinta anos após a primeira COP e 33 anos após a Rio 92, o Brasil reafirma seu compromisso com o multilateralismo e a preservação da Amazônia. A publicação reúne estudos que, embora não foquem diretamente nas negociações internacionais, abordam temas cruciais para enfrentar a crise climática a partir da realidade brasileira, como os biomas e o sistema costeiro-marinho, o desenvolvimento sustentável da Amazônia, a governança ambiental, o crédito rural e o desmatamento, concessões florestais, energia eólica, moradia e vulnerabilidade climática, segregação urbana e gestão da drenagem urbana. Os artigos destacam a importância de políticas públicas integradas, interdisciplinares e territorialmente sensíveis para promover uma transição justa, sustentável e inclusiva no país.Publicação Desenvolvimento da Amazônia : a conformidade dos instrumentos da Sudam com o planejamento regional(Ipea, 2024-08) Lima Filho, Reverson Soares; Monteiro, Evellyn Aragão; Martins, Lucas Gabriel dos Reis; Portugal, Rodrigo; Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais - DIRUR; Reverson Soares Lima Filho; Evellyn Aragão Monteiro; Lucas Gabriel dos Reis Martins; Rodrigo PortugalPPP 70A Amazônia enfrenta desafios históricos ainda atuais, buscando um desenvolvimento que respeite suas especificidades sociais, econômicas e ambientais. A Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), uma das principais instituições voltadas ao desenvolvimento regional, atua nesse processo por meio do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) e dos incentivos fiscais administrados pela autarquia. Este artigo analisa como esses instrumentos de desenvolvimento se articulam com o Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA), com a Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) e com o Plano de Recuperação Verde (PRV), este último elaborado pelo Consórcio da Amazônia Legal. A pesquisa utilizou a abordagem histórico-institucional como metodologia, com base em revisão bibliográfica, análise de normativos e relatórios oficiais, bem como suporte teórico na bibliografia especializada. Os resultados indicam avanços, mas também lacunas no alinhamento com os objetivos do planejamento, especialmente em temas como sustentabilidade e inovação. Persistem distâncias entre planejamento e execução, reforçando a necessidade de maior coordenação institucional para promover um desenvolvimento mais justo e sustentável na região.Publicação Impacto da variação do preço do gás natural na economia capixaba(Ipea, 2025-08) Nunes, Felipe Meirelles Bittencourt Coelho; Montibeler, Everlam Elias; Franklin, Rodrigo Straessli Pinto; Cordeiro, Daniel Rodrigues; Grobério, Júlia Bragatto; Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais - DIRUR; Felipe Meirelles Bittencourt Coelho Nunes; Everlam Elias Montibeler; Rodrigo Straessli Pinto Franklin; Daniel Rodrigues Cordeiro; Júlia Bragatto GrobérioPlanejamento e Políticas Públicas 70O objetivo deste trabalho foi estimar o impacto econômico resultante de uma redução do preço do gás natural na economia do Espírito Santo. Para isso, foi utilizada a metodologia da matriz de insumo-produto do estado (MIP-ES). A redução do preço do gás natural é considerada um choque exógeno, sendo aplicada de forma proporcional em diferentes setores da economia. Ao se aplicar uma redução hipotética de 48,2% no preço do gás, percebeu-se que a produção total aumentou 0,53%. Os resultados encontrados são importantes para guiar o gestor público em suas decisões, podendo até mesmo se observar o retorno esperado, por meio da arrecadação de tributos. Por fim, este estudo pode ser replicado futuramente, levando em conta outras variáveis que foram aqui desconsideradas, como a atração de novos investimentos para o estado.Publicação Nível de governança orçamentária dos tribunais regionais do trabalho no Brasil(Ipea, 2024-08) Pimentel, Yuri Garcia; Leroy, Rodrigo Silva Diniz; Ribeiro, Rafael Borges; Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais - DIRUR; Yuri Garcia Pimentel; Rodrigo Silva Diniz Leroy; Rafael Borges RibeiroPPP 70A governança orçamentária tem se consolidado como um pilar essencial para assegurar a eficiência, a transparência e a responsabilização na gestão dos recursos públicos. Este artigo analisa os níveis de governança orçamentária dos Tribunais Regionais do Trabalho no Brasil, com base nos dados do índice de governança e gestão do Tribunal de Contas da União, coletados em 2021. A pesquisa, de abordagem quantitativa, utiliza análise estatística descritiva e o teste não paramétrico de Kruskal Wallis, para examinar a variabilidade entre os entes. Os resultados revelam ampla disparidade nos índices de governança orçamentária entre os tribunais, mesmo diante de um marco normativo comum. Essa heterogeneidade sugere a influência de fatores institucionais internos, modelos organizacionais e práticas de gestão distintas. O estudo contribui para preencher lacunas na literatura, ao abordar empiricamente a governança orçamentária ao nível organizacional, propondo maior padronização dos processos, disseminação de boas práticas e fortalecimento das capacidades institucionais como caminhos para o aprimoramento do processo orçamentário no Judiciário trabalhista.Serie Dicionário geográfico, histórico e descritivo do império do Brasil(Ipea) Saint-Adolphe, J. C. R. Milliet deApresenta panorama geral do estágio de desenvolvimento de cada província, cidade, vila e aldeia, destacando seus aspectos históricos, dados de população, comércio, indústria, agricultura e mineração. Traz nome e descrição dos rios, lagoas, serras e montes, dedicando especial atenção, no caso das aglomerações urbanas, aos estabelecimentos escolares e, no tocante aos rios, às condições de navegação. Utiliza para isso as bases de dados e informações históricas dos municípios brasileiros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e outras fontes complementares.Livro Dicionário geográfico, histórico e descritivo do império do Brasil : volume 2(Ipea, 2014) Saint-Adolphe, J. C. R. Milliet de; J. C. R. Milliet de Saint-AdolpheColeção Mineiriana. ClássicosApresenta panorama geral do estágio de desenvolvimento de cada província, cidade, vila e aldeia, destacando seus aspectos históricos, dados de população, comércio, indústria, agricultura e mineração. Traz nome e descrição dos rios, lagoas, serras e montes, dedicando especial atenção, no caso das aglomerações urbanas, aos estabelecimentos escolares e, no tocante aos rios, às condições de navegação. Utiliza para isso as bases de dados e informações históricas dos municípios brasileiros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e outras fontes complementares.Serie Desigualdades regionais no desenvolvimento brasileiro(Ipea) Carneiro, Ricardo; Universidade Federal de Pernambuco; Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; Superintendência do Desenvolvimento do NordesteA coletânea analisa as desigualdades regionais no Brasil, evidenciadas nas disparidades socioeconômicas, de saúde, educação, infraestrutura e emprego entre as diferentes regiões do país. A obra investiga as origens históricas dessas desigualdades, associadas ao processo de colonização e ao modelo de desenvolvimento concentrado, e discute as múltiplas dimensões do problema, abrangendo indicadores sociais, econômicos e do mercado de trabalho. Examina ainda o papel do Estado brasileiro por meio de políticas regionais, setoriais e macroeconômicas, destacando como suas ações contribuíram para reduzir ou ampliar as disparidades ao longo do tempo. Com foco nas grandes regiões — Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste — e nas diferenças intra-regionais, o livro também aborda as transformações recentes na economia nacional, incluindo os efeitos da industrialização e da desindustrialização sobre a distribuição espacial das atividades produtivas.Publicação O Impacto indireto da pandemia de covid-19 sobre doenças circulatórias nos municípios de São Paulo : uma análise de efeitos fixos com dados em painel(Ipea, 2025-04) Oliveira, Caroline Hessa Marques de; Farhat, Filipe Silveira; Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais - DIRUR; Caroline Hessa Marques de Oliveira; Filipe Silveira FarhatPPP 69Por meio de um modelo de efeitos fixos (EFs) com dados em painel, buscou-se verificar os efeitos indiretos das internações por covid-19 sobre as internações e a mortalidade por doenças circulatórias nos municípios do estado de São Paulo. Os resultados encontrados indicaram que, tomando todos os grupos sociais em conjunto, houve redução das internações por doenças circulatórias, mas não houve aumento de mortalidade por essas doenças. Quando considerados separadamente o grupo de mulheres e o grupo de pretos e pardos, os resultados indicaram que, além da redução das internações, houve aumento de mortalidade em decorrência dos efeitos indiretos da pandemia. Assim, os resultados encontrados fornecem evidências que corroboram uma possível sobrecarga do Sistema Único de Saúde (SUS) de uma provável redução na busca por hospitais para consultas e internações relacionadas a doenças circulatórias nos períodos mais agudos da pandemia.Publicação Economic, sectoral and regional impacts of financing for the recovery of degraded pastures in Brazil : an ABC Plan program(Ipea, 2025-04) Souza, Géssica C. P.; Domingues, Edson Paulo; Magalhães, Aline; Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais - DIRUR; Géssica C. P. Souza; Edson Paulo Domingues; Aline MagalhãesPPP 69This paper estimates the regional economic impacts of a Brazilian public policy aimed at mitigating greenhouse gas emissions in agriculture. More specifically, it examines the Degraded Pasture Recovery Program (RPD) of the ABC Plan during the period from 2015 to 2018 and the projected period (2019 to 2025). A computable general equilibrium (EGC) model is constructed and regionalized especially for this simulation, to differentiate geographical spaces according to their geomorphological, climatic and pedological characteristics. The results indicate that the impacts vary across regions and sectors. Furthermore, the higher the share of ABC Plan financing relative to the production value in the livestock sectors, the greater the accumulated decrease in the region’s Gross Domestic Product (GDP). The policy is essential for the economic growth of regions that do not necessarily have large livestock production but in which the proportion of production financed by the program is high. In addition, the impact on production goes beyond the livestock sectors and may affect a range of sectors that are important to the economy, both agriculturally and industrially.Publicação O Que faz as famílias superarem a extrema pobreza? : um estudo a partir do cadastro único(Ipea, 2018) Marson, Natalia Giovanna; Rafael Guerreiro Osório; Coordenação de Pós-Graduação e Capacitação - COPGC; Natalia Giovanna Marson; Fábio Monteiro Vaz; Rafael Guerreiro OsórioMestrado Profissional em Políticas Públicas e Desenvolvimento - Segunda TurmaEste trabalho apresenta um estudo da extrema pobreza no Brasil utilizando dados do Cadastro Único de 2012 e 2016. A pobreza considerada foi a anterior ao recebimento de benefícios de transferência de renda, como os do PBF e BSM. A delimitação das famílias extremamente pobres foi feita através da renda familiar per capita informada no Cadastro Único. O objetivo do trabalho era investigar quais os fatores que mais aumentam as chances das famílias superarem a extrema pobreza. Para isto, a análise foi realizada em três etapas: a primeira consistiu em fazer um perfil da situação socioeconômica destas famílias em dezembro de 2012. Além disso, também foram verificadas as principais alterações que as famílias realizaram no período. Por fim, foi realizada uma regressão logística para verificar quais variáveis (fatores) mais aumentam as chances das famílias superarem a pobreza. A definição de superação da extrema pobreza foi feita através da comparação da renda per capita familiar no momento inicial e final. Os achados indicam que a extrema pobreza no Brasil, vista pela ótica da renda familiar antes das transferências governamentais, parece não ser um fenômeno solucionável facilmente no curto prazo. As variáveis que mais importam para a saída da situação (região de residência, presença de idoso, escolaridade elevada e emprego formal) são ou externas ao indivíduo ou raras ou difíceis de alterar no curto prazo. A presença de idoso é uma variável que não pode ser controlada ou criada, dependendo apenas do passar do tempo. A escolaridade dos adultos também se trata de uma variável que não é alterável no curto prazo. Por último, a vinculação a um emprego formal depende tanto do indivíduo quanto da qualidade dos empregos ofertados.Publicação O Papel do microcrédito como gerador de emprego e renda : uma análise com base nos municípios brasileiros(Ipea, 2018) Ferreira, Francisco Fernando Viana; Coordenação de Pós-Graduação e Capacitação - COPGC; Francisco Fernando Viana Ferreira; Carlos Henrique Leite CorseuilMestrado Profissional em Políticas Públicas e Desenvolvimento - Segunda TurmaA literatura sobre o papel das microfinanças reconhece haver uma correlação positiva entre a oferta de microcrédito para os pobres e a geração de trabalho e renda, com consequente melhoria das condições de vida dessas populações. Por meio de pesquisa bibliográfica e empírica, o presente trabalho analisa o impacto da concessão de crédito de pequena monta para as populações de baixa renda e microempreendedores formais e informais em todos os municípios brasileiros. A pesquisa busca alcançar dois objetivos principais: a) conhecer a gênese da política de inclusão financeira adotada pelo Governo Federal concebida como uma política pública de estado, abrangendo os antecedentes à sua formulação; apresentando o arcabouço legal e normativo; e evidenciando os avanços e entraves do modelo adotado, sobretudo, no que se refere à democratização do acesso ao crédito; b) avaliar, por meio de testes empíricos, se a oferta de microcrédito contribui positivamente para a geração de emprego e renda e, consequentemente, para o desenvolvimento econômico. Para tanto, analisou-se a vasta literatura sobre inclusão financeira e, em especial, sobre o impacto do microcrédito para a redução da pobreza e da desigualdade social. Os resultados encontrados na literatura serviram de base para comparação com os resultados encontrados nesta pesquisa, obtidos a partir dos dados disponíveis na central de risco de crédito (SCR) do Banco Central do Brasil, com o uso modelos de dados em painel de efeitos fixos e efeitos aleatórios. Embora se tenha encontrado uma correlação positiva entre o volume de crédito total concedido e o índice de emprego e renda do município, os resultados dos testes econométricos foram inconclusivos para o microcrédito. Conclui-se que, dada a limitação imposta pela disponibilidade de dados para a modalidade de microcrédito, que dispunha de uma séria muito curta, os resultados empíricos não puderam confirmar a hipótese inicial de que o microcrédito é uma ferramenta eficaz na geração de emprego e renda e na promoção da inclusão financeira.
